quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25/11/2009 - Meus Avós Maternos

Meus avós Maternos

José Ribeiro Pereira e Gracinda Emilia Ribeiro



Na foto de 1915: Meus avós Gracinda e José. Minha tia Carminda à direita do meu avô, minha mãe Ester no centro, e Tia Emília do lado esquerdo. Atrás, meus tios José e Américo (de chapéu).

José Ribeiro Pereira, filho de Francisco Ribeiro e Thereza Pereira Gomes, vivia em Fiais da Telha, Freguesia de Oliveira do Conde, Conselho de Carregal do Sal, Distrito de Viseu – Portugal.

A foto acima mostra Fernanda e Eduardo na porta da Igreja em Fiais da Telha.

Veio para o Brasil sem a família, creio que no final do Século XVIII. Gracinda ficou em Portugal com a filha Feliciana, nascida em 1896. No período em que ficou sozinho no Brasil, José teve outra filha- Carminda., provavelmente por volta de 1.900. Retornou a Portugal, mais ou menos em 1906, e voltou , em seguida, para o Brasil sozinho novamente. Desta visita à familia, nasceu Emilia em 1907. Trabalhou na Cia Mogiana de Estradas de Ferro na função de Mestre-de-Linha. Morou em Pinhal, Uberaba e Uberlândia. Além do Trabalho na Cia Mogiana fazia projetos arquitetônicos como o de sua casa, que existe até hoje na Rua Cel. Antônio Alves, entre a Av. Floriano Peixoto e Av. Cesário Alvim.



Após a chegada de minha avó ao Brasil, tiveram mais 3 filhos, José, Américo e Ester, minha mãe. Américo faleceu, com 3 anos, vítima de um terrível acidente doméstico que marcou profundamente a vida de todos. Minha mãe descrevia meu avô como uma pessoa austera, que se fazia entender apenas com o olhar. Tinha hábitos marcantes como: usar terno, chapéu, um relógio de bolso, exigir que todos se sentassem à mesa num horário determinado para as refeições e só começar a comer depois que ele se servisse e que nunca ouviu ele contar uma piada. Tinha parentes em São Paulo, acho que uma irmã. Mas não sei quem são. Tentei conseguir sua Certidão de Nascimento no Arquivo Distrital da Torre do Tombo e não consegui. Informaram que a Certidão de Casamento é mais fácil encontrar, mas não tentei. Faleceu de câncer no início dos anos 40.

Gracinda Emília, registrada apenas Gracinda (volta a questão dos nomes das filhas, que não recebiam sobrenomes) nasceu em Fiais da Telha no dia 21 de julho de 1873, filha de Alexandre da Costa e Thereza Emília, neta paterna de Avô Incerto e Maria Rodrigues da Costa e neta materna de Luiz Fernandes e Maria Emília.
Uma curiosidade: Maria Emília é a mãe de Thereza Emilia que é mãe de Gracinda Emília (acrescentado após o registro), que teve uma filha com o nome de Emília.
Outra curiosidade: O que significa esse Avô Incerto (o pai de Alexandre da Costa) na certidão da minha avó? Maria teria sido mãe solteira? Foi vítima? Quem vai responder?
Mais curiosidades: Minha avó Gracinda, nasceu no dia 21 de julho de 1873, Ester, minha mãe no dia 19 de julho de 1913, meu irmão Waldir, no dia 20 de julho de 1938, minha sobrinha Katia no dia 19 de julho de 1968 e Aurelio, meu filho, também no dia 19 de julho de 1973 -100 anos depois da minha avó (todos de parto normal).
O passaporte da minha avó Gracinda de 26 de setembro de 1908, traz informações como: 35 anos de idade, analfabeta, 1m e 60 de altura, rosto comprido, cabelos e olhos castanhos, nariz e boca regular, cor natural, pequena cicatriz no dedo indicador esquerdo. Estava acompanhada de duas filhas: Feliciana do Espírito Santo, 12 anos, medindo 1m e 46 cm, rosto comprido, cabelos e olhos castanhos, nariz e boca regulares, cor natural, um sinal preto na face direita e outro na esquerda (?) e Emilia dos Prazeres de 17 meses. Tia Feliciana nunca perdeu o sotaque português (eu adorava ouvi-la conversar). Não me lembro da minha avó que faleceu (acho que em 1948) quando eu tinha apenas 2 anos. Minha mãe dizia que ela era forte e falante. Levantava de manhã, ia até o quintal recolher os ovos, quebrava um e o engolia cru. Mamãe herdou dela e me ensinou o hábito de colocar 1 copo de leite na bacalhoada para tirar a acidez. Uma receita aprendida com ela e que mamãe costumava fazer era Pés de porco com grão de bico. Muito bom! Outra coisa que ela ensinou à minha mãe e eu aprendi também foi preparar e comer castanhas portuguesas.



Depois de fazer um corte na lateral superior, coloque para cozinhar com sal. É tão gostoso e não costumo ver nas mesas natalinas aqui de Uberlândia, por exemplo. Gostaria de ter conhecido minha avó. Além do sotaque português que eu acho lindo, devia ter muitas histórias prá contar de Portugal e da sua vinda de navio para o Brasil.


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