quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Michael Jackson – Elisa Lucinda

“Michael foi um menino abusado, explorado, castigado e mal criado pelo pai, com a passiva e, não menos cruel, cumplicidade da mãe. E o pior, não só a sua aldeia, mas estas torpes histórias o mundo todo comentava. Um gênio maravilhoso, cuja infância foi roubada e cujo talento em vida sustentou aquela cambada, aquela mórbida e fria família, cujos olhos já brilham com os lucros da morte de seu gênio mais valiosíssimo. Um menino que ensinou ao mundo os passos da lua e era chamado de macaco pelo pai monstro com cara de cafetão escroto; morreu inseguro, infeliz, esfacelado nos trapos da palavra identidade, desfigurado, retalhado na face, frágil, doente, anoréxico e esbranquiçado, depois de ter sido o primeiro a, com sua música pioneira e única, unir as vozes brancas e negras na América e fora dela. O mundo testemunhou a tragédia de um mártir que inscreveu no corpo, na cara, nas bizarras atitudes no patético castelo de horrores da terra do nunca, as contradições, as injustiças, o racismo e a crueldade de uma nação chamada de primeiro mundo e de uma civilização omissa e equivocada. Esta morte pode ser um alerta. O menino violentado ainda pequeno, afanado em seu direito de ser criança, não cresceu e, o que nele cresceu, não gostou do que viu. A dependência crônica dos analgésicos grita nos nossos ouvidos, como lhe doía viver. Mas me pergunto por que um milionário que foi sacaneado na infância e impedido de se construir fora dos palcos, uma vez que a base de seus casamentos e relações pessoais pareciam seguir as leis da ficção, porque este homem rico de grana e tão comprometido psicológica e emocionalmente, morreu sem tratamento? Ser um homem de cinquenta anos, cheio de Mickey e Peterpan pelas paredes de seu quarto, criar aquela face indescritível de batom sob um nariz sem cartilagem e sob olhos infantis muito tristes não era bizarro, era loucura. Ele estava dodói e poderia, com uma boa terapia e tratamento psiquiátrico, ter tido um outro destino onde seu talento pudesse realizar o mundo e a ele mesmo ainda mais, onde ele pudesse se libertar de vez daquele demônio paterno.” (Elisa Lucinda) 

http://www.escolalucinda.com.br/blog/2009_07_01_archive.html

19/08/2010- Os pais de Michael Jackson se separaram depois de 63 anos de união. Katherine Jackson, mãe do astro, disse que ela se cansou do comportamento do marido depois da morte trágica do cantor em junho de 2009. A matriarca deu entrada no pedido de divórcio e alegou que Joseph Jackson a culpou pela morte do filho.“Eu implorei para que ela ficasse ao lado de Michael, mas ela insistiu que ele precisava de privacidade”, disse o pai do "rei do pop" na época da morte do filho. Katherine, que tem a guarda dos três netos, relutou em pedir o divórcio por ser Testemunha de Jeová. “Ela acredita que o casamento é para sempre”.  

http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=25281351

 

3 comentários:

Anônimo disse...

Delma,
Elisa Lucinda é uma das três finalistas na categoria cultura do Prêmio Claudi a 2010. www.claudia.com.br/premioclaudia
As outras: Debora Colker-bailarina, coreógrava e diretora, e Eneida Agra Maracajá,prof. universitária, comanda o festivais de cultura em Campina Grande na Paraíba. Podemos votar, e esse voto, justo e belo, é para mulheres que lutaram e deixaram o Brasil melhor.
Beijocas, Alcy

Anônimo disse...

Melhor dizendo que lutam e deixam o Brasil melhor. Alcy

Delma disse...

Alcy
Todas merecem nosso voto. Nessa eleição não tem voto em branco nem nulo.
Bjs