segunda-feira, 30 de novembro de 2009

30/11/2009 - Minha Mãe

Minha Mãe - Ester Ribeiro Fonseca

Filha de José Ribeiro Pereira e Gracinda Emilia, nasceu no dia 19 de julho de 1913 em Uberaba-Mg. Era muito bonita, alta, pele bem clara (cuidada com leite de colônia) e olhos azuis intensos. As fotos acima comprovam esta descrição.
Fez só o curso primário e bem jovenzinha começou a ser preparada para as prendas domésticas e habilidades reservadas às mulheres. Habilidosa, orgulhava-se de ter feito Curso de Corte e Costura.
Em 1937 comprou sua máquina de costura - Pfaff, que está comigo e funciona. Pagou em 40 parcelas e os recibos são dignos de registro.

Note que as parcelas tinham valores variáveis impressos na margem esquerda do recibo. Ao invés de escreverem o valor por extenso no recibo, eles rasgavam os valores superiores à parcela.

Explico: este recibo da foto é de 100 mil réis, no mês em que a parcela foi de 75 mil réis, os valores superiores a este valor foram cortados. Dá prá entender uma coisa dessa.? Não era mais fácil escrever o valor da parcela?


Casou-se no dia 27 de julho de 1937 , com Jorge Fonseca e Silva, meu pai.
Morou em Santa Vitória, Cruzeiro dos Peixotos, Cabeleira no município de Rio Verde em Goiás e retornou para Uberlândia em 1958. Teve 6 filhos de 1938 a 1953, todos de parto normal e com parteira.


Meus irmãos: Waldir, Walter, José Ricardo, Terezinha e Jorge Luiz

Depois do nascimento da minha irmã Terezinha em 1945, meus pais mudaram-se para uma localidade chamada Cabeleira no município de Rio Verde em Goiás, onde minha mãe contou com ajuda de pessoas que acabaram se tornando membros da família: Luzia, Geny e Isabel.



Mamãe costurava para nós e para as lulus da vizinhança. Ensinava as noivas dos arredores a arte da costura, do bordado e tudo que soubesse ensinar e elas quisessem aprender. Permaneciam na minha casa durante meses e, perto do casamento, iam para suas casas, levando na mala, o enxoval todo bordado à máquina e à mão, o vestido de noiva, a grinalda e o buquê. Estas moças, filhas dos fazendeiros da região, via de regra, convidavam meus pais para padrinhos do casamento, que eram acontecimentos inesquecíveis. O padre vinha da cidade, os convidados começavam a chegar de manhã. Uma mesa de café com quitandas era seguida do almoço, do lanche, o casamento e a festa própriamente dita que prosseguia noite a dentro. Cada casamento virava assunto por longo tempo.

Minha mãe sabia bordar a mão e à máquina, fazia crochê, tricô, tenerife, frivolitê, macramê, filé, patchwork, flores de tecido, vagonite, etc.



Este bordado à máquina foi feito por ela e fez parte do seu enxoval. Tem mais de 70 anos.


Este é um caminho de mesa, bordado à mão por ela e também foi peça do seu enxoval.


Esta é uma colcha de crochê de lã que ela fez para mim.



Esta toalha de crochê também foi feita para mim.



Este trabalho chama-se Tenerife. A lã é colocada numa grade com preguinhos, amarrada com Linha de Seda e recortada para terminar. Aprendi com minha mãe e fiz para o enxoval da minha irmã. (Isto é incrível!)



Esta renda chama se Frivolitê. É feita com uma navete de plástico. Como eu não tenho nenhuma feita por mamãe, fotografei esta feita por D. Cezarina Santos para a minha irmã.



Acho que eu tinha uns 8 anos, aprendi com mamãe a fazer uma renda chamada Filé. Enrolava linha de costurar num lápis e ia amarrando os pontos, formando um círculo e aumentando a roda. Fiquei com um jogo de seis forrinhos feitos por nós e por mamãe e fui procurar para fotografar e....(devo ter doado para alguém). Não achei na Internet. Este da foto foi identificado como crochê. Mas o Filé é muito parecido com este. O nosso não tinha essa flor no centro. Era engomado e quando passava ficava bem repolhudo.



Mamãe fazia flores de tecido. Fez as grinaldas e buquês de muitas noivas em Goiás. Ela tinha os moldes de flores variadas, o boleador para moldar as pétalas e a prensa para as folhas.
(Esta foto é da Net. )




O tricô era mais uma da habilidades de minha mãe. Ela sabia vários pontos e fez muitos sapatinhos, casaquinhos, etc. Todos nós aprendemos a tricotar. Até meu irmão que foi pego encondido atrás da porta, tricotando. Teve que aguentar a gozação dos irmãos mais velhos por muito tempo. (Foto da Net)


Este é o Fuxico. Minha mãe fez uma colcha prá mim. Não a tenho mais. Quem era craque na arte do Fuxico era a irmã de mamãe, a Tia Emília. Ela fazia em cetim, formando desenhos geométricos. Mamãe fazia outros trabalhos com retalhos, o Patchwork. Já tive cobre-leito e tapetes feitos por ela. (Foto da Net)



Este é o Macramê. Eu tinha um Panô e uma sacola. Doei. Deve ter sacola feita por ela com alguém da família. Ela gostava muito de fazer. (Foto da Net)



Esta renda é o Nhanduti. É tecida, trançando a linha sobre um círculo de madeira, com uns preguinhos. Faz vários círculos e emenda depois. Dá pra fazer xale, caminho de mesa, toalha de bandeja, etc. Minha mãe fazia, mas não tenho nada feito por ela. (Foto da Net)

Este é um Bordado chamado Vagonite. Mamãe bordou um barrado numa saia para mim. Foi muito usado em roupas. Hoje é mais usado em panos de prato. (Foto da Net)

Mamãe fez questão de presentear todas as 8 netas com uma colcha de crochê feita por ela. Fez 7 colchas, porque não conseguiu terminar a oitava. Quando adoeceu, uma de suas preocupações era não conseguir terminar a última colcha, a da Cíntia. Quando uma das netas escolheu a cor preta, apesar do inusitado, fez a colcha com carinho e respeitou a escolha.




Minha mãe tinha uma disposição incrível para o trabalho. Não sei como conseguia fazer tantas coisas. Além do cuidado com a casa, cozinhava em fogão de lenha, a água era puxada da cisterna, tudo era feito em casa, e ela fazia sempre – doces, quitanda, cuidava de 6 filhos, costurava, ajudava meu pai na farmácia, tinha as alunas que citei acima. E, tinha um tempo prá nós, que eu acredito que as mães de hoje não tem. Fazer vestidinhos para as bonecas, além de fazer bonecas de pano. Faziamos comidinha debaixo das mangueiras com a supervisão dela, porque cozinhavamos de verdade. Havia as visitas, que nunca tinham pressa. A distância era longa, às vezes iam a cavalo, então as conversas se prolongavam por toda tarde.
Para obter carne, meu pai comprava porco vivo, que era todo preparado em casa. Tinha trabalho para o dia inteiro e pra todo mundo. Carne, torresmo, banha, linguiça, bucho cheio, chouriço, até a feitura do sábão de coada, nos dias que se seguiam à matança do porco.
A pamonhada feita de 6 sacos de milho também durava um dia inteiro. Começava ali pelas 6 horas da manhã e terminava à noite. Além da comilança de quem fez e ajudou a fazer, vinham os vizinhos convidados que comiam e levavam pra casa. Não tinhamos geladeira, então se não consumisse, estragava. Mas fazer pouca pamonha era impensável.

Minha mãe era exigente, brava mesmo. Fazia o contraponto com o meu pai. Onde ele era libertário, ela exercia um pouco o papel de xerife.
Tinha um modo de ser muito diferente do que eu sou, por exemplo. Era obcecada pelo cumprimento do dever, do fazer, do trabalhar. Não se permitia o ócio, o lazer, o prazer, o “laissez faire” Não me lembro dela comprando uma roupa ou qualquer objeto por vaidade. Contentava-se com o que recebia de presente. Não se permitia extravagâncias nem para comer. Assistia Tv, fazendo crochê e acabava cochilando sentada. Sugeríamos então, que ela deitasse um pouquinho, imediatamente se recompunha e voltava à linha e agulha e dizia, se eu deitar eu não durmo. Na verdade, ela não se permitia “curtir uma preguicinha”.

Nossa mudança de Goiás para Uberlândia, teve um objetivo que, para ela, era indiscutível – estudo dos filhos. Nem precisava fazer curso superior, mas tinha que fazer o Curso de Contabilidade, garantido no Liceu de Uberlândia, para onde fomos todos encaminhados. Trouxe conosco, um afilhado – o Benedito, e apesar da sua insistência para que estudasse, ele preferiu sair da nossa companhia. Foi uma grande frustração para ela.

Isabel que já fazia parte da família, estava conosco desde 1953, continuou até se mudar para São Carlos onde foi cursar Biblioteconomia. Mas é nossa irmã e foi uma filha para minha mãe. Na saúde e na doença.

Seu lema de vida era “servir” e “cuidar”. Cuidou do marido, de cunhados, afilhados, dos filhos e dos netos com muit0 carinho e responsabiidade. Fazia a comida predileta de cada um, cuidava dos netos para que os filhos pudessem viajar, sair à noite, trabalhar, etc. Onde precisasse dela, era certa sua presença. Viveu comigo os seu últimos 15 anos de vida. Durante os 3 primeiros anos, vivia em casa separada, nos fundos da minha casa. Após a morte do papai, passou a viver junto conosco. E, mais do que nunca, ela se anulou em função da minha vida. Preferia que tivesse sido diferente. Que seus interesses, motivações e desejos não fossem tão interligados conosco. Tudo que ela passou a fazer, girava em torno de nós. Assumiu a cozinha e o cuidado com meus filhos. Ela foi meu braço direito, meu braço esquerdo, "meu Sul e meu Norte". Eu saia para trabalhar, passear, viajar com a alma leve, sem preocupações porque ela estava lá: cuidando melhor do que eu dos meus filhos, da minha casa e de tudo. Meus filhos foram privilegiados porque, além dos pais, contaram até a adolescência, com o desvelo e carinho imensurável da avó. Inesquecível para eles,


O Pão Hungaro,


A Pipoca Doce e as Rosquinhas Glaçadas














As Rosquinhas com cobertura de açucar cristal e a Caçarola Italiana










Os Bolinhos de Chuva e o Bolo Coberto com Chocolate









As Bolachas de Amoníaco

Este Bolo de Limão é inesquecível para a Fernanda

Minha comadre Oneida, madrinha do Sergio conta que, para seus filhos, era uma grande alegria ir à nossa casa. Eles tinham certeza que seriam recebidos com todas aquelas delícias feitas por minha mãe. Jamais as vasilhas das quitandas ficavam vazias.
Em 1979 viajamos para o Sul e o Marcelo com 3 anos não achava graça em nada. Só queria a avó (ela não foi). Repetia várias vezes: "Eu quero a minha avó". Na volta, quando vimos a primeira placa com o nome de Uberlândia, avisamos que estavamos chegando. Ele então disse com uma vozinha chorosa: "Quando eu chegar, vou pedir prá minha avó fazer um mexidinho de arroz, feijão e ovo". Foi uma forma dele expressar toda a saudade que estava sentindo dela.
Depois de uma depressão séria, mas que não conseguiu tirá-la da lida, do trabalho, teve um câncer de tireóide que retirou-a do nosso convívio em 1989. Ficou um grande vazio sentido por todos nós mas, principalmente pelo Sergio e pelo Marcelo que, apesar da pouca idade -13 anos -, choraram vigorosamente sua partida.

(Fotos retiradas da Internet.

domingo, 29 de novembro de 2009

29/11/2009 - Pole Dance de Bêbada

Se for dançar, não beba. Se beber, não dance. Veja a noiva no final do video.

sábado, 28 de novembro de 2009

28/11/2009 - FAFI - 40 anos

Na noite de 21 de novembro, tivemos um encontro na Cave do Barolo para comemorarmos os 40 anos da nossa Formatura na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFU em 1969.
Ilar lembrou que a Faculdade de Filosofia foi criada em 1960 junto com a Faculdade de Direito, e como seus cursos tinham a duração de 4 anos e Direito 5 anos, a primeira Formatura de Curso Superior em Uberlândia foi da Faculdade de Filosofia em 1963. Foi um grande acontecimento para uma cidade de apenas 70.000 habitantes. Então ela, como Diretora da Faculdade, teve que se deslocar para Campinas para aprender como se fazia uma Colação de Grau. Aprendeu e realizou várias sem corneta, apitos, confete, balões e gritarias da platéia.

Marcia Mandim, sentada ao lado de Ilar, parecia que queria ocupar o posto da Doca - a secretária. A propósito, Ilar, com muita justiça, ressaltou a importância e competência de Solange, Mafalda, Agair e Marly, como professoras da Faculdade. Mas, homenagem justa e comovente ela fez à Doca. Ela disse frases assim: "A Doca não me deixava errar", "Eu nunca assinava nada antes da Doca dar sua opinião", "Um administrador só é bem sucedido, quando sabe escolher bem o seu assessor direto". Ela soube. E teceu elogios rasgados ao senso de organização da Marly, que vai desde a catalogação de leis à confecção dos atuais Álbuns de fotos.
Mafalda veio de Campinas especialmente para nosso encontro e pudemos constatar que o tempo foi muito generoso com ela. Permanece jovem, bonita e com muito brilho no olhar. O Curso de Letras foi muito bem representado pela Eleuza. O Curso de História por Marilza e Cristina. Alcyone representou convidados especiais e nós, as outras, o Curso de Pedagogia.
Ao contrário do nosso Presidente, acho que "as imagens falam por si". Estávamos ali, 22 mulheres que tentaram e algumas ainda tentam, através da educação dos nossos jovens, a construção de um país melhor, sem mensalão e sem propina, apenas com trabalho e amor à profissão.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

27/11/2009 - Crazy Doggy Classic Food

O projeto é da autoria do meu filho, Sergio.

Crazy Doggy Classic Food

Por Leandro Substance




"Dizem que maluco atrai maluco. Talvez tenha sido esse o motivo.
Cerca de dois anos atrás a Old Black Gallery foi procurada por uma cara com um sonho e um plano de negócios. Enquanto poucos acreditavam, vimos uma excelente oportunidade e um bom desafio. No último dia 19 de novembro foi inaugurado em Uberlândia o Crazy Doggy® Classic Food; o primeiro fast food temático da região. Entre o “tive um sonho” e a materialização dele, o proprietário Pablo Cintra enfrentou todas as dificuldades que um empreendedor pode encontrar no país, mas não desistiu. Acompanhamos tudo, desde as primeiras visitas a pontos improváveis até os contatos frustrados para merchandising.

Quando ficou decidido que a loja sairia do zero, a OBG já havia trazido o arquiteto Sérgio Fonseca Barbosa para fazer parte do projeto. Daí por diante tudo foi feito de maneira integrada. Gosto de imaginar que o trabalho da OBG começou com o primeiro esboço do conceito Crazy Doggy e não tem data marcada para terminar. Cada etapa concluída dá sequência a outra e nós seguimos realizados por fazermos parte disso desde o início.

Aos poucos vou listando aqui no blog material desenvolvido pela OBG, começando pela logomarca e pelo texto que, dois anos atrás, aprovou a linha criativa para todo o trabalho.

“A atmosfera remonta a meados dos anos 50, os rapazes usam camisetas brancas, jaquetas de couro e blue jeans com a barra dobrada. Dirigem hot rods, ouvem Bill Haley e Buddy Holly com suas garotas adornadas com franjinha e óculos escuros. O point é sempre o mesmo, dançando ao lado de uma jukebox ou no carro esperando, entre beijos, um legítimo hot dog americano com batatas fritas e refrigerante, impecavelmente servido por garçonetes em seus patins brancos com 4 rodas vermelhas. O clima é agradável e amistoso, muitos risos e cantadas, pais levam suas crianças para uma noite divertida. Não existe a preocupação e a paranóia do século XXI. Todos se conhecem e se cumprimentam, o cozinheiro gira os pedidos e destaca o próximo, chamando seus clientes pelo nome e nunca abrindo mão do amplo sorriso. Uma tarde de domingo, um fim de dia no trabalho, uma madrugada após a balada com gatos e gatas, não importa; o Crazy Doggy é esse point; onde todos se reúnem e dividem as mesmas alegrias de uma época que não precisa acabar e levam consigo a energia de um lugar onde eles sempre estarão à vontade para paquerar, se divertir, confraternizar com os amigos, relaxar com a família ou simplesmente saborear o Hot Dog mais “crazy” da região.”

Em tempo, todo o plano de mídia da campanha de lançamento foi desenvolvido e executado pela Multiplica Propaganda, nas mãos de Rangel Germano Barbosa. Criação Old Black Gallery.

A Old Black Gallery é Fernando Murilo de Oliveira (Mosca) e Leandro Cezário Borges (Substance)."


Crazy Doggy® Classic Food • Av. Fracisco Galassi, 990

Morada da Colina • Uberlândia-MG


Fonte: http://www.oldblackgallery.com.br/index.php/2009/11/crazy-doggy-classic-food/

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

26/11/2009 - Nunca é tarde para Lembrar

Ninguém esqueceu. Os mais jovens assistiram "Sintonia de Amor" e os mais velhos assistiram os dois, "Sintonia de Amor"- 1993 e "Tarde Demais para Esquecer"-1957. O encontro marcado no Empire States é inesquecível. Acho que não existe quem pise lá e não se lembre da cena.






quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25/11/2009 - Meus Avós Maternos

Meus avós Maternos

José Ribeiro Pereira e Gracinda Emilia Ribeiro



Na foto de 1915: Meus avós Gracinda e José. Minha tia Carminda à direita do meu avô, minha mãe Ester no centro, e Tia Emília do lado esquerdo. Atrás, meus tios José e Américo (de chapéu).

José Ribeiro Pereira, filho de Francisco Ribeiro e Thereza Pereira Gomes, vivia em Fiais da Telha, Freguesia de Oliveira do Conde, Conselho de Carregal do Sal, Distrito de Viseu – Portugal.

A foto acima mostra Fernanda e Eduardo na porta da Igreja em Fiais da Telha.

Veio para o Brasil sem a família, creio que no final do Século XVIII. Gracinda ficou em Portugal com a filha Feliciana, nascida em 1896. No período em que ficou sozinho no Brasil, José teve outra filha- Carminda., provavelmente por volta de 1.900. Retornou a Portugal, mais ou menos em 1906, e voltou , em seguida, para o Brasil sozinho novamente. Desta visita à familia, nasceu Emilia em 1907. Trabalhou na Cia Mogiana de Estradas de Ferro na função de Mestre-de-Linha. Morou em Pinhal, Uberaba e Uberlândia. Além do Trabalho na Cia Mogiana fazia projetos arquitetônicos como o de sua casa, que existe até hoje na Rua Cel. Antônio Alves, entre a Av. Floriano Peixoto e Av. Cesário Alvim.



Após a chegada de minha avó ao Brasil, tiveram mais 3 filhos, José, Américo e Ester, minha mãe. Américo faleceu, com 3 anos, vítima de um terrível acidente doméstico que marcou profundamente a vida de todos. Minha mãe descrevia meu avô como uma pessoa austera, que se fazia entender apenas com o olhar. Tinha hábitos marcantes como: usar terno, chapéu, um relógio de bolso, exigir que todos se sentassem à mesa num horário determinado para as refeições e só começar a comer depois que ele se servisse e que nunca ouviu ele contar uma piada. Tinha parentes em São Paulo, acho que uma irmã. Mas não sei quem são. Tentei conseguir sua Certidão de Nascimento no Arquivo Distrital da Torre do Tombo e não consegui. Informaram que a Certidão de Casamento é mais fácil encontrar, mas não tentei. Faleceu de câncer no início dos anos 40.

Gracinda Emília, registrada apenas Gracinda (volta a questão dos nomes das filhas, que não recebiam sobrenomes) nasceu em Fiais da Telha no dia 21 de julho de 1873, filha de Alexandre da Costa e Thereza Emília, neta paterna de Avô Incerto e Maria Rodrigues da Costa e neta materna de Luiz Fernandes e Maria Emília.
Uma curiosidade: Maria Emília é a mãe de Thereza Emilia que é mãe de Gracinda Emília (acrescentado após o registro), que teve uma filha com o nome de Emília.
Outra curiosidade: O que significa esse Avô Incerto (o pai de Alexandre da Costa) na certidão da minha avó? Maria teria sido mãe solteira? Foi vítima? Quem vai responder?
Mais curiosidades: Minha avó Gracinda, nasceu no dia 21 de julho de 1873, Ester, minha mãe no dia 19 de julho de 1913, meu irmão Waldir, no dia 20 de julho de 1938, minha sobrinha Katia no dia 19 de julho de 1968 e Aurelio, meu filho, também no dia 19 de julho de 1973 -100 anos depois da minha avó (todos de parto normal).
O passaporte da minha avó Gracinda de 26 de setembro de 1908, traz informações como: 35 anos de idade, analfabeta, 1m e 60 de altura, rosto comprido, cabelos e olhos castanhos, nariz e boca regular, cor natural, pequena cicatriz no dedo indicador esquerdo. Estava acompanhada de duas filhas: Feliciana do Espírito Santo, 12 anos, medindo 1m e 46 cm, rosto comprido, cabelos e olhos castanhos, nariz e boca regulares, cor natural, um sinal preto na face direita e outro na esquerda (?) e Emilia dos Prazeres de 17 meses. Tia Feliciana nunca perdeu o sotaque português (eu adorava ouvi-la conversar). Não me lembro da minha avó que faleceu (acho que em 1948) quando eu tinha apenas 2 anos. Minha mãe dizia que ela era forte e falante. Levantava de manhã, ia até o quintal recolher os ovos, quebrava um e o engolia cru. Mamãe herdou dela e me ensinou o hábito de colocar 1 copo de leite na bacalhoada para tirar a acidez. Uma receita aprendida com ela e que mamãe costumava fazer era Pés de porco com grão de bico. Muito bom! Outra coisa que ela ensinou à minha mãe e eu aprendi também foi preparar e comer castanhas portuguesas.



Depois de fazer um corte na lateral superior, coloque para cozinhar com sal. É tão gostoso e não costumo ver nas mesas natalinas aqui de Uberlândia, por exemplo. Gostaria de ter conhecido minha avó. Além do sotaque português que eu acho lindo, devia ter muitas histórias prá contar de Portugal e da sua vinda de navio para o Brasil.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

24/11/2009 - Festa das Flores - Campo Maior

Festa da Flores em Campo Maior

Campo Maior é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e subregião do Alto Alentejo, com 7 851 habitantes.
A Festa das Flores consiste na decoração das ruas de Campo Maior (sobretudo no Centro Histórico) com flores de papel e outros objetos em cartão e papel, feitos pelos residentes de cada rua. Raro espetáculo que nos oferece, além das maravilhosas ruas “enramadas” são também as encantadoras e suaves melodias – as célebres “saias” – inspiradas em quadras soltas e acompanhadas de ritmo vivo e alegre com pandeiretas e castanholas, que se cantam e bailam em todas as ruas de Campo Maior.
Não é uma Festa Cíclica, depende da vontade dos moradores.




Fonte: http://www.cm-campo-maior.pt/

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

23/11/2009 - Pagando Mico - Futebol

Nosso interesse por Futebol é muito limitado. Resume-se a finais de Campeonato
Mundial, "pero no mucho". Meus filhos também seguiram pelo mesmo caminho. Sabemos que o futebol é a preferência nacional. Na escola não é diferente.

Quando, na aula de Educação Física, o professor foi dividir a turma para formação dos times, meu filho mais velho se recusou a participar. "Eu não gosto de futebol e não vou jogar". Apesar da orientadora e diretora tentarem convencê-lo, ele se manteve irredutível. O professor já sem recursos, apelou e disse: "Tudo bem, você não quer jogar futebol, então vai fazer Ginástica com as meninas". Achou que tocaria na ferida machista, mas enganou-se. Sem pestanejar, respondeu prontamente. Então eu vou. E foi.

Com os gêmeos foi diferente. Mais obedientes aceitaram participar. Mas bastou um primeiro jogo para perceberem que eles eram verdareiros "pernas de pau".

Sergio estava pertinho do Gol adversário, a bola chegando e a turma grita: "SERGIO, PEGA A BOLA". Ele pegou. Com a mão. Encerrou aí sua promissora carreira de jogador de futebol.

O Marcelo sofreu um pênalti e foi escalado para fazer a cobrança. O goleiro adversário, sabendo o que o aguardava, cruzou as pernas, deitou na porta do gol e ficou esperando. O Juiz apitou, o Marcelo foi para uma cobrança .... e chutou pra fora. O professor cumprimentou o Marcelo e disse: Parabéns, Marcelo! Você me proporcionou um momento único na história do futebol. Provavelmente jamais terei uma oportunidade de presenciar isto novamente.

Troféu Bola Murcha para os 3.

domingo, 22 de novembro de 2009

22/11/2009 - Fantástico - Mandalas

Recebi um e-mail com estas fotos de Mandalas. Fica o registro da beleza e singularidade.





Se quiser saber como são feitas e destruídas depois, clique aqui
http://obviousmag.org/archives/2007/12/criacao_e_destr.html

sábado, 21 de novembro de 2009

21/11/2009 - Inesquecível - A Cena do Beijo

A Um Passo da Eternidade

É deste filme a famosa cena em que Burt Lancaster e Débora Kerr se beijam deitados na praia de Honolulu, transformando-a numa das mais eróticas do cinema daquela época(1953).



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

20/11/2009 - Fantástico - Esculturas com cabelos




Existem diversas esculturas feitas de pedra e madeira, mas um cabeleireiro de Pequim está preparando uma réplica de prédios e monumentos feitos inteiramente de cabelo humano. As réplicas em volta da praça da Paz Celestial são para comemorar os 60 anos de aniversário do comunismo na China.
Cerca de 11 quilos de cabelo e 500 yuan (71 dólares) de tinta de cabelo e outros produtos foram usados para construir a réplica do Portão da Paz Celestial, que tem aproximadamente um metro de comprimento.

Levou dias para Huang simplesmente desenhar e projetar, mas cinco meses para reunir cabelo suficiente para criar o projeto.

Em vez de jogar fora os cabelos dos clientes após cortar, Hunag Xin varria, lavava e pintava os tufos de cabelo e transformava-os em substitutos para tijolos, madeira ou qualquer outro material necessário para seu trabalho de arte.

Até agora, Huang Xin completou o Monumento aos Heróis, e está acertando os detalhes finais do Portão da Paz Celestial, ou Tiananmen, finalizado com um retrato em miniatura do ex-governante Mao - a única parte que não foi feita de cabelo.

Isso deixa-o ao lado de outras duas enormes construções comunistas - o Parlamento e o Museu Nacional da História Chinesa - que serão concluídos antes do aniversário da revolução em 1o de outubro.

Fonte:
http://entretenimento.uol.com.br/arte/ultnot/2009/08/06/ult26u28734.jhtm




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

19/11/2009 - Fantástico - Ilusão de Ótica




Estes desenhos que recebemos por e-mails são incríveis. Veja cada desenho e descubra as inúmeras figuras que cada um deles contém.
















quarta-feira, 18 de novembro de 2009

18/11/2009- Pagando Mico - Oftalmologista

Em 1976 marquei uma consulta no Oftalmologista para o Sergio. Fui trabalhar e combinei em casa que o deixassem pronto e eu passaria para levá-lo. A babá iria comigo e os outros dois ficariam com minha mãe. E assim foi feito. Parei na porta, eles entraram no carro e fui para o São Lucas. Chegando lá, Derly (a babá) continuou com ele no colo, eu fui ao balcão, fazer a ficha, etc etc Ela chega perto de mim e diz: Eu trouxe o Marcelo no lugar do Sergio. Opa! Tive que avisar: - Vou em casa trocar a criança. Voltei em casa, minha mãe já havia percebido a troca, aprontado o Sergio e voltamos a Clínica. Quando cheguei todos os pacientes da Sala de Espera e o médico já sabiam do fato inédito. "Uma mãe distraída leva o filho trocado para uma consulta ". E assim foi contabilizado mais um mico para o meu arquivo de Dilurdis.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

17/11/2009 - Meio Ambiente

Publicidade Inteligente




Essa campanha foi feita para a World Wildlife Fund. À medida que o papel acaba, o verde da América do Sul também vai embora, simbolizando o impacto ambiental que o uso de simples toalhas de papel é capaz de provocar, além de alertar para outros desperdícios que podem levar às mesmas consequências.





Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos.





Nesse anúncio, as árvores foram posicionadas para parecer pulmões. A área desmatada é um alerta, e a frase no canto diz: "Antes que seja tarde demais".




Fonte:http://www.wwf.org/

Enviado por Maria Alice