04/11/2009 - Pagando Mico - Troca de bebês

Sergio e Marcelo, meus filhos gêmeos, nasceram em abril de 1976 de parto normal, com apenas 20 gramas de diferença no peso. Nos prontuários foram identificados com a letra A para o que nasceu primeiro e B para o que nasceu por último. No berçário puseram uma tira de esparadrapo colada na manga da roupa (pagã) com a letra A e B. Decidimos que o A seria o Sergio e o B seria o Marcelo. Os primeiro banhos dos recém-nascidos da família, por tradição, eram dados pela Tia Emília, irmã de minha mãe. Após sairmos do Hospital, chega Tia Emília, para dar o 1 º banho. Quem já viveu essa experiência sabe como este momento é "tranquilo" e "suave", principalmente porque aquelas miniaturinhas de gente, por instinto, intuição, condicionamento, aprendizado, sei lá o quê, já sabem que após o banho é hora de mamar. E se isso não acontece no tempo por eles determinado, imediatamente é instalado o caos. Querendo agilizar, coloquei o meu chip "dilurdis" pra funcionar, retirei as fitas identificadoras das pagãzinhas, embolei -as joguei no lixo e coloquei a roupinha pra lavar . Enquanto isso, tia Emilia deu o banho no primeiro, vestiu e perguntou: Cadê o esparadrapo da roupinha desse aqui? Hã? Como assim? Eu joguei a IDENTIFICAÇÃO DOS MEUS FILHOS no lixo . E agora? Quem era quem? Colocamos os dois deitados de costas, reunimos toda a família, uma babá, os vizinhos e começamos a votação ou seria eleição? Quem era Sergio? Quem era Marcelo? Pegamos uma ficha que veio do Hospital, conferimos altura, peso, E. desespero ... - apesar de não serem univitelinos, ELES ESTAVAM IDENTICOS. Depois de muitos -- eu acho, não tenho certeza, não sei - Tomamos uma decisão. Um seria o Sergio e o outro o Marcelo. Portanto, pode ser que o A que seria o Sérgio seja o Marcelo, e o B que seria o Marcelo seja o Sergio. Este foi um grande mico que paguei em pleno exercício da maternidade. Tem outros. Felizmente, eles não tiveram nenhuma crise de identidade. Meus 3 filhos são maravilhosos e eu os amo muito.