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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Antônio Carlos Andrade, o poeta

 

Yuri Lopes Brito (2)

Sr Antônio, tio da Raquel, partiu hoje para se encontrar pessoalmente com Deus. Enquanto esteve por aqui, registrou, em poema, sua procura e descoberta. 

Deus

Antônio Carlos de Andrade

 

Passei muitos anos a Tua procura,

Olhava para o céu mas não Te via,

Só via sol, estrelas e noite escura,

E também água, quando chovia.

 

Eu sempre pensava comigo mesmo:

Será que Tu existes no imenso Universo?

E meu pensamento vagando a esmo,

Te procurando neste mundo adverso.

 

Te procurei nas religiões e nos templos,

Tu também não estava lá; tudo em vão,

Te busquei através de alguns exemplos,

Não te encontrei; foi somente desilusão.

 

Sentindo desiludido e cansado, descri,

E na descrença tropecei e fui ao chão,

Porque fiquei desequilibrado, tonto e caí,

Mas fui socorrido por um amigo cristão.

 

No socorro encontrei amor e amizade,

Nesse encontro vi um mundo novo nascer,

E no mundo novo encontrei a verdade,

E foi por essa verdade que vim a crer.

 

Que não era distante onde Tu estavas,

E passei a ter uma crença sem fim.

Descobri onde Tu moravas,

Era deveras comigo, era dentro de mim.

10/11/2006

sábado, 21 de agosto de 2010

De luto – Querles Calábria

Encontros 2010-06-19 005 (2)

Recebi há pouco este e-mail que encheu meu coração de tristeza.

Queridos amigos,

No dia de hoje (20 de agosto) às 16:30, nossa querida Querles P. A. Calábria seguiu em paz para um outro plano.

O corpo será velado na Funerária Angelo Cunha, a partir das 22:30 na sala 01. O enterro acontecerá amanhã às 13:00 no Cemitério Bom Pastor.

Abraço

Olívio, Luciana e Luanda Calábria

Na postagem do dia 13 de agosto mostro um encontro nosso aqui em casa, que aconteceu há exatamente dois meses, no dia 19 de junho.

Vídeo que a filha da Querles fez no Dia das Mães em 2009

segunda-feira, 28 de junho de 2010

José Saramago

Saramago faleceu no dia 18 de junho 2010 aos 87 anos.






















Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos
de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e
entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra
e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável:
o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra
onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

José Saramago

Fonte: