Adoram colocar o nome de Fernando Pessoa em textos com autoria conhecida ou não. A única explicação é que, tendo o nome de Fernando Pessoa, talvez dê mais credibilidade aos textos e eles serão repassados com mais frequência. São muitos:
Vou reproduzir apenas fragmentos destes textos que não são de Fernando Pessoa e correm pela Internet como se fossem.
“A Concha”
Vou reproduzir apenas fragmentos destes textos que não são de Fernando Pessoa e correm pela Internet como se fossem.
“A Concha”
A minha casa é concha.
Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fechada de marés, a sonhos e a lixos,
O horto e os muros só areia e ausência... (Vitório Nemésio)
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Autor: Fernando Teixeira de Andrade - 1946-2008 - foi um professor de Literatura
-"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos..) ,Almany Falcão
.
-"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. (Augusto Cury Dez leis para ser feliz da Editora Sextante. Ano 2003)
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo (Nemo Nox Por um Punhado de Pixels.)
"Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz. ... (Autor: Paulo Coelho)
"Existe no silêncio tão profunda sabedoria que às vezes ele se transforma na mais perfeita resposta. (carece de fontes)
"É fácil trocar as palavras, Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado, Difícil é saber como se encontrar! ..."
(Autor Desconhecido)
" Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar,
o lugar deles é lá. Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra..." (Silvana Duboc) provavelmente um repassador anônimo, acrescentou ao texto um fragmento de Ricardo Reis ... "Circunda-te de rosas, ama , bebe E cala. O mais é nada." gerando a confusão.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
- ''citado em "Qual o tempo do cuidado?" - Página 49, de MARIA JULIA PAES DE SILVA,
"Os ventos, que as vezes tiram algo que amamos ... Não é de Fernando Pessoa, nem tampouco de Bob Marley, vide: FROZEN VALLEY (composição: Rafael Wissmann Monteiro - banda "Silent Heart")
"Paro às vezes à beira de mim próprio e pergunto-me se sou um doido ou um mistério muito misterioso." (sem referências bibliográficas)
No poema "Recomeçar/ou Faxina na Alma"
Não importa onde você parou
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário "Recomeçar"...de Paulo Roberto Gaefke, um repassador adicionou ao final a frase "Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura" da poesia "A minha Aldeia", de Fernando Pessoa, sob o heterônimo de Alberto Caeiro. Este poema de Gaefke é atribuído a Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Aristóteles.
Fontes: http://pt.wikiquote.org/wiki/Fernando_Pessoa#Sem_Fontes
http://rosangelaliberti.multiply.com/journal
22 comentários:
Achei muito boa a sua pesquisa e o dar o nome aos "bois", ou seja, esclarecer a autoria devida. Esta é uma briga antiga, e até postei ontem no twitter a bronca do Jabor que vive o contrário: ele tem seu nome aliado a textos, quase sempre de péssimo gosto, e não consegue remover essa ligação funesta. No meu caso, no texto Recomeçar, eu não acrescentei o lindo trecho de Alberto Caeiro, a Minha Aldeia, mas"alguém" que não sei quem o fez em época incerta. Como escrevo diariamente desde o ano de 2000, imagine quantas mensagens minhas estão por ai com falsa autoria e quantas com o famigerado A.D (autor desconhecido). De resto, valeu pelo esclarecimento e poderia acrescentar ao final do seu texto: Pessoal, vamos ler! A leitura nos libertará das trevas da ignorância.
Um abraço fraterno
Paulo Roberto Gaefke
www.meuanjo.com.br
Muito obrigada pelo seu esclarecimento. Essa Internet nos prega peças. Sempre recebo seu poema com a frase final e ao tentar consultar seu site www.meuanjo.com.br, o Norton acusou site inseguro com 1 ameaça ao computador. Então fiz o comentário como se a frase tivesse sido colocada por você. Desculpe. Eu, tentando desvendar falsas autorias e cometo esta gafe. Mas já fiz a devida retificação na postagem. Já recebi seu texto "Recomeçar" com autoria atribuída também a Carlos Drummond de Andrade e Aristóteles.
E, parabéns, seu ´poema é muito apreciado, já o recebi inúmeras vezes e sempre respondo que a autoria é sua e, de repente, recebo da mesma pessoa que já o enviara antes, sempre com a autoria errada. Alguns ainda colocam uma observação pessoal " Só Drummond poderia escrever algo tão lindo"
Um abraço
Gostei do comentário de RGaefk sobre os esclarecimentos que Você muito bem fez no texto atribuído a FPessoa. O comentário de vamos ler mais porque a leitura nos libertará da ignorância é o que precisamos fazer e incentivar crianças desde bem pequenas a amarem os livros. Alcy
Gostei da iniciativa, é sempre mais fácil creditar poemas e seus trechos a autores consagrados e as pessoas e a gente vai repassando como verdade. Gostaria de saber se vc tem a referência do texto do Fernando Teixeira: "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso
corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos
lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos", citado, pois gostaria de citar em texto.
A frase "Há um tempo.... faria parte do poema - O Medo:o maior Gigante da Alma de Fernando Teixeira, segundo http://www.rosangelaliberti.recantodasletras.com.br/blog.php?idb=7599
No site http://www.estantevirtual.com.br/qau/fernando-teixeira-de-andrade está toda a sua obra como professor do Colégio Objetivo.
Eu não disponho da referência bibliográfia (nome da obra, nº da página em que está publicado o poema - O Medo - O maior Gigante da Alma).
Obrigada
Anônimo disse...
.....
postagens deste tipo dão valor a quem visita este blogue !!!
Este espaço esclarece muito a todos os teus seguidores.
Agradeço a informação. Há muito me dei conta de que muitas frases não podiam ser de Fernando Pessoa, embora circulassem como se fossem. Agradeço as suas informações.
Num dos meus blogues, o post mais procurado é sobre uma frase que julgam ser de Camões. Ou de Pessoa.
http://terraimunda.blogspot.pt/search?q=Navegar+é+preciso
Abraço, desde Lisboa
Eu leio Fernando Pessoa a tanto tempo que quando vi esse texto - "Há um tempo..." - logo vi que não é dele mesmoooo... Não se encaixa dentro do universo desse poeta! Adorei o post, colocou muitos pingos em "is".
É isso ai, Pandora, acho que devemos ter responsabilidade neste mundo virtual e sempre que pudermos, corrigir equívocos de autorias equivocadas.
Obrigada pelo comentário.
Parabéns pela iniciativa, ando de tempos em tempos a ter de provar a pessoas que andam por aí a espalhar essa falsas atribuições
Sr. Almany
Como pode perceber eu não atribui a autoria do seu texto a Fernando Pessoa. Apenas alertei que o mesmo não é dele, pois até o momento não tinha referência sobre a autoria. Agradeço, portanto, a informação, que já reportei na postagem.
Obrigado Dilma por sua atenção e resposta ao meu pedido de reconhecimento de autoria. Outra coisa, eu não estou reivindicando a autoria, eu estou afirmando. Tenho todas as provas disso inclusive denuncia no MPF(Ministério Publico Federal). Para questões de prova e pra tornar ciente a Vsa, que não estou reivindicando, mas exigindo, lhe indico o site português http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=669 que de forma concreta refez a autoria do mesmo poema o qual era denominado ao falecido poeta Fernando Pessoa, com o titulo "Dedicat[0ria de Fernando Pessoa a Amigos". Pra comprova este link ainda está ativo no Google.
Almany Falcão
Desculpe, eu não estou duvidando da sua autoria, quando usei a palavra reivindicar.
Reivindicar: Reclamar uma coisa que nos pertence; Solicitar alguma coisa de direito.
Rei·vin·di·car -
verbo transitivo
1. Reclamar, solicitar.
2. [Direito] Intentar a reivindicação para reaver algo.
3. [Figurado] Recuperar, reaver, obter.
Querida Delma,
Conheço muito bem o português e também o significado da palavra em contexto. Torno a repetir, eu não estou reivindicando. Reivindicar não garante os méritos, apenas solicita com questionamentos um direito. Direito esse que pode ter sido repassado a alguém por razões diversas, mas que depois pelas mesmas razões ou controvérsias se reclama como propriedade original.
Portanto amiga, não tive meus direitos cessados, para ter que exigir uma reivindicação. Ná verdade tou sendo lesado descaradamente em favor de alguém que não existe mais. Se Vsa, observar bem no comentário antecedente, eu estou afirmando categoricamente, inclusive com a condição de provas, as quais poderão se ajuizadas se for esta a questão. Entretanto querida Delma, se houvesse necessidade de uma justificativa expressa e contextuada para a minha solicitação, a palavra correta será ABJUDICAR e não REIVINDICAR.
Detalhe: Sua conotação exprime dúbias sim!
Ok, sr Almany.
Muito bom
Muito bom
Pessoa não precisa disto....é alguém incomparável!
Obrigada pelo comentário Pedro Morel
Concordo com você Ricardo Matos.
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