quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Cultura Pop Atual
Kim Kardashian não ficou famosa por ser filha do falecido Robert Kardashian -o advogado que defendeu O.J. Simpson em um célebre caso de homicídio-, apesar de isso ter ajudado. Ela chegou aos holofotes do mesmo jeitinho sacana que Paris Hilton, estrela de "The Simple Life", chegou: estrelando uma "sex tape".
Nesse caso, a única diferença entre uma "sex tape" e um filme pornô é o fato de que ambas as moças já tinham sobrenomes famosos. Então o escândalo as transformou em celebridades internacionais.
A vietnamita de orientação bissexual Tila Tequila fez sua fama sem ter sobrenome famoso. O que ela tinha era muitos amigos no MySpace. Acredite ou não, isso rendeu um programa escandaloso na MTV, o "A Shot of Love with Tila Tequila", em que Tila tinha que escolher entre 32 pretendentes -16 homens e 16 mulheres.
Michelle "Bombshell" McGee: famosa por ser amante. A stripper tatuada destruiu recentemente o casamento de Jesse James e Sandra Bullock ao vender sua história por US$ 30 mil (quase R$ 55 mil) para a revista "In Touch". Michelle não aguentou ver a felicidade do casal na cerimônia do Oscar, em que Sandra Bullock conquistou a estatueta de melhor atriz, e resolveu se vingar, contando ao público sobre seu caso de 11 meses.
No momento, Michelle McGee é uma das celebridades mais noticiadas.
Fonte: Mayra Dias Gomes - Folhateen 29/03/2010.
Felizmente nem tudo está perdido. A cultura pop está nas mãos de Kims, Tilas e Michelles, mas em contrapartida, está nas mãos também de Caios, Mayas, Nettas e Solanos.
Caio Maniero D'Auria, 23, é contra o uso de armas para a solução de conflitos políticos, mas teve de entrar numa batalha de nervos para conseguir dispensa do serviço militar obrigatório alegando objeção de consciência.
À época de seu alistamento, em 2004, Caio considerava-se um anarquista com propensões humanistas. Era contra instituições como o Exército e contra matar pessoas na eventualidade de uma guerra.
Ele poderia ter seguido pelo caminho mais fácil e, simplesmente, ter dito que não queria servir, já que poucos involuntários são convocados.
"Temos que sair do campo das ideias e partir para a ação", diz D'Auria sobre a obstinação de seguir até o fim no processo.
No entanto, mesmo os dispensados têm de prestar juramento à bandeira brasileira que, entre outras coisas, inclui a promessa de morrer pela pátria se for convocado.
"Seria muito hipócrita eu jurar isso", diz D'Auria. "Pensei em desistir em vários momentos, mas segui." A dispensa definitiva só veio em 2008.
Maya Wind, 20 e Netta Mishly são dos "shministim" -teens israelistas contra o alistamento. Por conta de suas recusas, Maya já foi presa cinco vezes.
Maya falou com a Folha por telefone. Leia trechos abaixo.
FOLHA - Por que você se recusou?
MAYA WIND - Não posso deixar de reconhecer a humanidade dos palestinos. É por meu senso de profundo comprometimento à comunidade em que cresci que me recusei a contribuir com o derramamento de sangue.
FOLHA - E o que aconteceu?
MAYA - Fui julgada em uma corte militar. Fiquei um mês presa e depois tive de me alistar de novo. Recusei. Já fui detida cinco vezes, assim. Hoje sou considerada mentalmente inepta para o Exército.
FOLHA - Como era a prisão?
MAYA - Olha, não posso reclamar, perto do que os palestinos sofrem. Não fui maltratada fisicamente. A maior punição é a rejeição social. As pessoas me veem como ingênua por acreditar que as coisas podem ser diferentes. Pensam que sou uma traidora parasita que não tem o direito de viver aqui.
FOLHA - Quando menor, você se preocupava com o serviço militar?
MAYA - Desde que você tem cinco anos de idade você pensa nisso. Durante o ensino médio os jovens têm de passar por testes e por acampamentos militares.
FOLHA - O serviço militar deveria ser opcional no restante do mundo?
MAYA - Não acho certo forçar alguém de 18 anos a segurar uma arma e a matar alguém.
Fonte: Diogo Bercito - Folhateen 29/03/2010
Em entrevista exclusiva concedida à jornalista Carol Herling, o ator Mateus Solano Schenker Carneiro da Cunha - mais conhecido por Mateus Solano, afirmou: “O judaísmo é fundamental em minha vida, pois aprendi a importância de ser generoso e de acreditar no potencial do outro. Eu costumo dizer que eu sou judeu de verdade, porque eu escolhi ser judeu. Freqüento a CJB sempre que possível, e muito do que o rabino Nilton Bonder fala ultrapassa meus ouvidos e entra em meu coração. Comemoro os feriados, e, em Yom Kipur, vivencio a experiência, pois é a chance que tenho de sair da minha rotina mental e física, e ainda pe nsar em todas as coisas que quero para o meu ano. Eu acho Yom Kipur uma das datas mais lindas que existem entre todas as religiões”. Foto: Roberta Simoni.
Clarice Lispector
sábado, 27 de março de 2010
O meu coração quebrou-se - Fernando Pessoa
O meu coração quebrou-se
O meu coração quebrou-se
Como um bocado de vidro
Quis viver e enganou-se...
Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/ined06.html
quinta-feira, 25 de março de 2010
10 Construções mais bizarras do mundo
1. AURA residence
A residência de AURA em Chipre, ilha situada ao sul da Turquia, é uma obra moderna e futurista. Baseada na obra “The Great Wave off Kanagawa”, do artista japonês Hokusai, a casa de campo é para quem tem gostos exclusivos, modernos e caríssimos.
2. The Under rock
Essa casa, localizada perto da costa de Portugal, foi construída num pedregulho gigante!
3. Três andares na caverna
O casal americano Curt and Deborah Sleeper são os donos dessa curiosa casa de três andares construída dentro de uma caverna em Festus, Missouri (EUA).
4. No estilo extraterrestre
Essa obra do arquiteto finlandês, Matti Suuronen, projetada na década sessenta foi nomeada como a casa do futuro. Em um estilo bem peculiar, talvez quando os extraterrestres vierem para terra, eles escolham essa casa.
5. Casa de Gelo
Talvez você sinta um friozinho nesta casa feita inteiramente com gelo. Criada por dois artistas de Detroit (EUA), a casa é conhecida como “Ice House Detroit”.
6. Carro-casa
Você prefere um carro ou uma casa? Pois, seus problemas acabaram! O arquiteto Markus Voglreiter projetou o residencial carro-casa, com um investimento de aproximadamente $1 milhão de euros. No formato Volkswagen-Beetle-car, seu aluguel sai em torno de $ 2500 euros mensais.
7. A casa iluminada
Para quem tem medo do escuro, a casa iluminada é uma ótima saída. Decorada com mais de 420 mil lâmpadas, que funcionam como o próprio gerador do ambiente, a casa localiza-se em Drensteinfurt, Alemanha.
8. Da cama para piscina
Que tal acordar e já dar um pulinho na piscina? Olha a idéia que um morador em Auckland, na Nova Zelândia, teve.
9. Casa de porcelana
Desenvolvida pelo chinês Zhang Lianzhi no distrito de Heping de Tianjin, China, essa casa foi construída com 400 milhões de fragmentos da porcelana, cinco mil vasos antigos, quatro mil pratos e bacias de porcelana, sobre 20 toneladas de rochas e de ágata cristalinas. Avaliado em $65 milhões de dólares, 'Yuebao House' está aberta ao público como um museu.
10. Debaixo D’agua
terça-feira, 23 de março de 2010
Poema triste - Denise
Difícil imaginá-la pior,
A vida se tornou um rio seco,
uma floresta devastada,
Não existe mais o Encontro,
Não existe mais Amor!
Só ficou mágoa, ressentimento e
dor.
Ninguém é insubstituível - Sandra Maia
Sandra Maia*/Especial para BR Press
- É fato! Não somos perfeitos, não somos insubstituíveis, não somos onipotentes, onipresentes, não estamos oniscientes da nossa importância, da nossa certeza. Então, sim, podemos ser substituídos a qualquer momento. Seja no amor, no trabalho, em qualquer relação. Gosto mais da palavra em inglês: REPLACED. Podemos ser recolocados, realocados, substituídos. E assim também o outro, aquele que está conosco. Na relação nada pode ser tomado como garantido, a não ser a máxima de que nascemos para sermos felizes!
Então tanto faz se relações são cheias de graça ou desgraça – não nos pertencem. Não deveríamos viver iludidos de que é para sempre – até porque o sempre sempre acaba! Pode ser para sempre o AMOR, A ENTREGA, O ENCONTRO – todas as sensações que estão conosco, no nosso ser... No mais, o outro não é nosso!
Ação
Posto isso, porque será que muitos de nós continuam por aí infelizes na relação, infelizes na espera, infelizes sós? Ou ao contrário: vivendo uma relação estável, feliz, mas fazendo de tudo para por tudo a perder? Por que não há decisão, escolha? Por que tratamos a relação como se fosse algo que está lá – para o bem ou para o mal – e imaginamos que não precisamos fazer nada? É preciso investir, cuidar, analisar, confrontar, ficar ou sair.
Quero crer que estão todos anestesiados, esperando dias melhores! Esperam o que está por vir! Ou seja: engolem o sapo hoje para não ter de engolir amanha... Será mesmo? Será que quando estamos aqui engolindo o SAPO – não damos a entender que, ok, estamos prontos para ENGOLIR O BREJO INTEIRO? Será que não é isso que estamos emitindo?
Que sinais passamos ao outro, aos outros? Será que queremos passar despercebidos? Medrosos de colocar-nos, de falar o que vai dentro? De por para fora nossa indignação, nossa raiva, nosso amor? Será que vamos seguir assim OMISSOS, fora da realidade, vivendo o que não é nosso, o que não nos pertence? Até quando vamos aceitar migalhas, desrespeito, falta de amor? Até quando vamos viver com base nessa toada – dos dias melhores, do que virá, da outra vida,do futuro, do que não temos?
Aqui, agora
Saiba: a vida é o que nos acontece aqui e agora. Isso quer dizer que enquanto olhamos para frente e negamos o que nos acontece agora, deixamos de estar presentes para estar ausentes – o tempo passa, a vida acontece...
Deixamos-nos para trás, nos anulamos. Abrimos mão do que temos: nossos sonhos, nossas possibilidades, nossa vida para viver qualquer coisa a mais, qualquer coisa que alimenta nosso lado masoquista – só para alimentar a VÍTIMA, a que não tem sorte, não tem amor, não tem vida... Será mesmo? Será que é fácil para todos? Será que tudo cai de mão beijada para os outros?
Posso afirmar que não! O que nos chega é o que escolhemos. O que vivemos é o que podemos. E, então, se não estamos prontos para receber, doar, amar, ser feliz etc, etc, então vamos viver exatamente o contrário. E fica a pergunta: dá para mudar? Dá para mudar um padrão de comportamento que nos permita amar e ser amados? Complexo!
Mudança
Dá, dá para mudar o que quisermos, se dermos o primeiro passo. Esse é o mais difícil. Primeiro porque teremos de olhar para dentro, para trás, para o que vivemos e construímos; depois, porque teremos de aprender a abrir mão do que não serve, adotar outro padrão, ensinar aos que estão por perto que MUDAMOS. Não queremos, ou melhor, não aceitamos mais o velho modelo...
Tudo isso demanda tempo, autoconhecimento, demanda força, coragem e, dificilmente conseguimos tudo isso sem ajuda profissional. Terapia ajuda? Diria que é fundamental para o nosso crescimento, para o resgate da nossa auto-estima. Todos a aceitam? Não. Muitos irão preferir trabalhos em grupo, atividades alternativas, terapias corporais etc, etc.
Verdadeiramente acredito não haver um único caminho – o certo. Acredito naquele que podemos sustentar com nossos limites. Então, fica aqui o convite para a reflexão – escolher compreender que não somos insubstituíveis, e mais: que é possível recolocar ou substituir qualquer pessoa em nossa vida...
É fácil? Não. Mas podemos ficar sempre com a oportunidade de transformar...
Escolhas, sempre escolhas...
(*)Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Chico Buarque - Gota D'água
GOTA D'ÁGUA
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Cântico VI - Cecilia Meireles
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acaba todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Bem no Fundo - Paulo Leminsk
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
sábado, 20 de março de 2010
Study N Travel - Intercâmbio
TORONTO ou VANCOUVER
Idade : Flexivel
Início : 28 de julho, 5, 12 e 19 de julho
Preço inclui:
3 semanas de curso de inglês c/ 20 aulas semanais na escola ILAC GOLD
3 semanas em Home Stay c/ 3 refeições diárias
Passeios tds os finais de semana ( ex Medieval Times, Toronto Island, esportes , praia, etc) pagos a parte.
Preço pte terrestre - CAD 2.740,00
ST PETERSBURG- FLORIDA USA
FUN and SUN CAMP
Idade : 10 a 16 anos
Inicio - 04 a 24 de julho ( 3 semanas)
27 de junho a 24 julho ( 4 semanas)
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Curso de inglês c/15 aulas semanais, material didatico
Acomodação - dormitorio estudantil duplo
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Atividades diárias - cinemas, piscinas, jogos, praia, gincanas, shoppings, etc
Finas de semana - Bush Gardens, Disney, Universal Studios, etc.
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Preço pte terrestre - 4 semanas USD 4.445,00
3 semanas USD 3.675,00
ÁFRICA DO SUL - Cape Town
Idade - entre 14 e 18 anos
Inico - todo domingo a partir de 11 de julho até final de agosto
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Curso de inglês c/ 16 aulas semanais
Acomodação em residência estudantil quarto quáduplo
3 refeições por dia ( café da manhã, almoço e jantar)
Material didático
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Atividades diárias
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2 semanas - EUR 1.000,00
3 semanas - EUR 1.400,00
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Inglês na Austrália em Sydney Bondi - Mercury Colleges
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Raquel Fonseca
STUDY-N-TRAVEL - Uberlândia
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uberlandia@intercambio.com.br
Cristovão Buarque -A Internacionalização
É falso que o artigo foi publicado no New York Times e em outros jornais estrangeiros."
Em setembro de 2010 este texto completará dez anos.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Aniversário da Cristina
Cristina
Cristina não é apenas "uma bela superfície: um lindo vestido de babados, muita maquiagem, salto alto. O clichê da mulher. " Cristina é muito mais. É trabalho, criatividade, arte, luta, vida.
Cristina enfrentou um grande desafio em 2009. Realizou um grande feito. Abriu seu coração e provou a força que tem. Por tudo isso está aqui recebendo nossa homenagem e reverência. Parabéns Cristina! Muita Saúde prá você!
“INSUBMISSAS SAIAS” - Vera Fornaciari
Mulher é flor feminina viçosa, feito dourados cachos de arroz em fim de estação... Espirituosa bergamota do pomar... Recôncavo travesseiro de paina e lã.
Na roça, assim toda vestida de arte vegetal, mulher coragem se esquece que é anca frágil de dizeres delicados. Lá onde a sua delicadeza não cabe – muitas vezes cabe a ela – logo ela – singela roseira perfumada nascida na horta...! Recôndito travesseiro de fibra e determinação! Sutileza de boneca de louça suja de graxa...
A doçura da mulher nunca é sujeição: o ladino “bicho-home” ainda não conseguiu inventar máquina de ler pensamentos de rio calmo e fundo...! E é lá naquele lugar subjetivo aonde ninguém vai - que as suas “insubmissas saias” preservam toda a soberba da sua identidade.
...São elas, a ternas mulheres que movem os anseios do mundo... E é em função dos desejos e dos caprichos delas que os homens vivem...!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Natal 2009 - Clori Fernandes
Clori é o tipo de pessoa que, quando você fica conhecendo, já gosta dela imediatamente. Não precisa de "convivência" prá ficar conhecendo melhor. Ela é muito transparente, fala o que pensa (e como pensa), antenada, engajada, assume posições e, como se não bastasse, escreve muito bem. Já escreveu um livro para crianças e estamos aguardando que ela resolva publicá-lo. Fez a Festa de Natal da turma da Caminhada na Casa dela e escreveu este adorável texto que, prometido desde o ano passado, chegou agora e publico com prazer. Não tenho as fotos da festa, mas tenho de algumas das meninas que compareceram à Festa.
NATAL 2009 – Turma da caminhada das nove.
Clori Fernandes
Foto de junho 2009 - Aniversário da Alcy
Sentimos falta de algumas amigas na nossa festa deste Natal de 2009, especialmente da Alcyone, nossa amada fotógrafa oficial e sua lugar-tenente, a Delma. Ambas talentosíssimas e não só com as máquinas fotográficas.
A Lauri as substituiu, mas, convalescendo de uma pequena cirurgia, cochilava entre uma foto e outra, entre uma entrega de presente para uma amiga oculta e outra, de forma que tínhamos que cutucá-la para que empunhasse a máquina. A Vera se arvorou em nos clicar algumas vezes, poucas é verdade, pois seu talento maior é ser fotografada.
Foto de Outubro 2009 - Aniversário da Raquel
Algumas outras sacaram, igualmente, seu equipamento, mas a grande maioria é composta de “foto-analfabetas funcionais” como eu. Quero dizer com isso que somos capazes, sim, de usar uma máquina digital, mas sempre correndo o risco de cortar partes vitais do motivo a ser fotografado. Não sei se ainda veremos a documentação visual do nosso ágape.
É claro que nessa pequena crônica não poderei falar de todas, só das mais saidinhas. Vou deixar de fora a doce Magda, a Irene um e a Irene dois, excelentes amigas. Não me perguntem quem é quem, porque essa hierarquia pode dar problemas. Também não direi nada da Maria Alice, mas que ela não trouxe o maravilhoso CD do marido, isso não trouxe. Por essa e por outras, eu paguei mais um mico, do qual falarei mais adiante, pois ela é sempre a salva-pátria, ou melhor, "salva-som" das festas aqui em casa. Também não quero mencionar a Cidinha, toda produzida, um arraso, e as queridas Martinha, Elaine e Alaíde que até no cabeleireiro foram. A Quedma, posso afirmar, estava podre de chique. Aliás, todas estávamos. A produção nos tornou diferentes do dia-a-dia na pista de caminhada, com bonés de óculos escuros.
Eu não me ligo nada em som, por isso esqueci completamente da música. Corri atrás do prejuízo e botei um CD dos Mamonas Assassinas. Quem salvou a noite foi a Solange, que buscou no carro um disco de bossa nova. Eis o mico prometido e assumido.
Sou também um pouco desastrada, mais ou menos “sem noção”, como dizem os jovens. Vai daí que comprei um aparelho elétrico de aromatizar ambiente para a Tânia, minha amiga oculta, sem saber que é alérgica a perfume, qualquer perfume. Quando ela me confessou isso, no almoço com a turma da Maria Otília, mais que depressa fui comprar outro presente: Vinhos. Luis Felipe Edwards, para ser mais precisa. Eu me apaixonei primeiro pelo nome. É o do meu filho mais velho e o Edwards, descontando-se a grafia, do mais novo, depois pelo sabor desse néctar que, para completar, tem um precinho que cabe no meu bolso. Na festa – a confraternização foi na minha casa - fiquei sabendo que ela, Tânia, é absolutamente abstêmia. Todo mundo ficou feliz. O motivo? Segunda-feira iremos à casa da minha amiga, agora plenamente declarada, para beber o vinho e ver um vídeo da sua performance tangueira. Tânia,como todas sabem, esmerou-se em dançar lindos tangos com um famoso partner chamado Álvaro Reis. Ao que parece, o mesmo que rodopiou com a Cristiane Torloni no programa do Faustão. Êta mulher poderosa, sô.
Elas, por unanimidade, me presentearam com um dos mimos que a Alcyone, impossibilitada de comparecer, enviou para sorteio. Assim, sem depender da sorte, terei lindos panos-de-prato, típicos do natal, na noite da ceia.
Essas meninas são demais! Quero dizer todas, mas mais particularmente as cozinheiras:
A Selma fez um "Panachê" (nunca tinha ouvido esse nome) ótimo. Além disso, ela preparou um tender cheio de frufrus, como é do seu feitio. Também providenciou uma salada de grão-de-bico com bacalhau que estava perfeita. A Beth assou um pernil de porco. Não, não. Dos deuses! Já a Cristina trouxe um peru, ou chester que, além de muito saboroso, continha uma farofa molhada (se é que se pode chamar de farofa algo parecido com um creme), fora do comum. Todo mundo queria a receita. Ela, claro, prometeu nos passar, mas, fosse eu, não daria coisa nenhuma: Segredo culinário. Top secret. Trouxeram também outra farofa, esta sim bem farofenta.
Mas o pecado maior ficou por conta da Solange que fez uma taça com musse de maracujá, chocolate e chantilly absolutamente maravilhosa. Creio que ninguém resistiu.
Das bebidas eu não falarei uma única palavra. Vá lá, só algumas: cerveja gelada e bons vinhos, sucos e refrigerantes, que ninguém estava disposta a ir parar na delegacia por dirigir de porre.
Quem se responsabiliza pelos quilinhos a mais? Essa tem que comandar a malhação lá no Praia, um pouquinho mais pesada do que os passeios pela pista.
Por que estou contando tudo isso? Ora! Porque sou chata e detalhista e também para que, no ano que vem, fiquemos bem espertas para que se marque a data da festa longe do dia do aniversário do pai da Alcyone, assim teremos o prazer da companhia dela.
Chico Buarque
Todo o Sentimento
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu
quinta-feira, 11 de março de 2010
A Lua que não dei - Cecilio Elias Netto
A Lua que não dei
Cecílio Elias Netto
Compreendo pais - e me encanto com eles - que desejariam dar o mundo de presente aos filhos. E, no entanto, abomino os que, a cada fim de semana, dão tudo o que filhos lhes pedem nos shoppings onde exercitam arremedos de paternidade. E não há paradoxo nisso. Dar o mundo é sentir-se um pouco como Deus, que é essa a condição de um pai. Dar futilidades como barganha de amor é, penso eu, renunciar ao sagrado.
Volto a narrar o que me aconteceu ao ser pai pela primeira vez. Lá se vão, pois, 45 anos. Deslumbrado de paixão, eu olhava a menina no berço, via-a sugando os seios da mãe, esperneando na banheira, dormindo como anjo de carne. E, então, eu me prometia, prometendo-lhe: 'Dar-lhe-ei o mundo, meu amor.' E não lho dei. E foi o que me salvou do egoísmo, da tola pretensão e da estupidez de confundir valores materiais com morais e espirituais.
Não dei o mundo à minha filha, mas ela quis a Lua. E não me esqueço de como ela pediu a Lua, há anos já tão distantes. Eu a carregava nos braços, pequenina e apenas balbuciante, andando na calçada de nosso quarteirão, em tempos mais amenos, quando as pessoas conversavam às portas das casas. Com ela junto ao peito, sentia-me o mais feliz homem do mundo, andando, cantarolando cantigas de ninar em plena calçada. Pois é a plenitude da felicidade um homem jovem poder carregar um filho como se acariciando as próprias entranhas. Minha filha era eu e eu era ela. Um pai é, sim, um pequeno Deus, o criador. E seu filho, a criatura bem amada.
E foi, então, que conheci a impotência e os limites humanos. Pois a filhinha - a quem eu prometera o mundo - ergueu os bracinhos para o alto e começou a quase gritar, assanhada, deslumbrada: 'Dá, dá, dá...' Ela descobrira a Lua e a queria para si, como ursinho de pelúcia, uma luminosa bola de brincar. Diante da magia do céu enfeitado de estrelas e de luar, minha filha me pediu a Lua e eu não lha pude dar.
A certeza de meus limites permitiu, porém, criar um pacto entre pai e filhos: se eles quisessem o impossível, fossem em busca dele. Eu lhes dera a vida, asas de voar, diretrizes, crença no amor e, portanto, estímulo aos grandes sonhos. E o sonho da primogênita começou a acontecer, num simbolismo que, ainda hoje, me amolece o coração.. Pois, ainda adolescente, lá se foi ela embora, querendo estudar no Exterior. Vi-a embarcar, a alma sangrando-me de saudade, a voz profética de Kalil Gibran em sussurros de consolo:
'Vossos filhos não são vossos filhos, mas são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, mas não de nós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. (...) Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas'
Foi o que vivi, quando o avião decolou, minha criança a bordo. No céu, havia uma Lua enorme, imensa. A certeza da separação foi dilacerante. Minha filha fôra buscar a Lua que eu não lhe dera. E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos: 'O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar.'
Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo inevitáveis lhes machucarem a alma. Ao ver o avião, como num filme de Spielberg, sombrear a Lua, levando-me a filha querida, o salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto com Kalil Gibran: como pai, não dando o mundo nem Lua aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério.
Ora, mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois família é uma tribo em construção permanente. Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca completar-se. De guerreiros que foram, pais se tornam pajés. E mães, curandeiras de alma e de corpo. É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar, com régua, esquadro, compasso e fio de prumo. E com palmatória moral para ensinar o óbvio: se o dever premia, o erro cobra.
Escrevo, pois, de angústias, acho que angústias de pajé, de índio velho. A nossa construção está ruindo, pois feita em areia movediça. É minúsculo o mundo que pais querem dar aos filhos: o dos shoppings. E não há mais crianças e adolescentes desejando a Lua como brinquedo ou como conquista. Sem sonhos, os tetos são baixos e o infinito pode ser comprado em lojas. Sem sonhos, não há necessidade de arqueiros arremessando flechas vivas.
Na construção familiar, temos erguido paredes. Mas, dentro delas, haverá gente de verdade?
Cecílio Elias Netto é escritor e jornalista
domingo, 7 de março de 2010
Aniversário da D. Divina
Ontem, dia 6 de março D.Divina, minha sogra, completou 88 anos. Terezinha, sua filha, preparou uma linda festa surpresa, demonstrando toda dedicação, amor e carinho que ela devota à mãe.
Vou usar aqui o lindo poema de Vera Fornaciari para homenagear D. Divina.
POEMA DA ACEITAÇÃO - Vera Fornaciari*
Ainda que muitos só levem em conta a minha farta idade...
Ainda que aparentemente todas as portas se fechem -
Quero viver cada instante com profunda intensidade.
Se a vida é um valoroso presente de Deus,
Quem sou eu para abreviá-la com a minha tristeza?
De manhã,
Eu quero ter o direito de levantar em paz com as minhas dores,
e aceitá-las.
Eu quero ficar em paz com os meus espelhos...,
Sem me culpar pela vaidade ferida.
Eu quero ficar em paz com as minhas crenças e com os meus valores...
exorcizando assim, toda a angústia , e toda a mágoa que por ora teimem em se fixarem em mim.
Agora, que eu fiquei mais velha, finalmente compreendi:
Para que os outros me aceitem como sou –
Eu é que preciso me aceitar primeiro naquilo que tenho de mais
Imperfeito... amando e curando as minhas partes mais machucadas... aquelas, aonde somente eu e Deus podemos ir.
Mesmo que a vida por hoje se mostre sem significados – e que tudo lá fora conspire para eu parecer desconexa, ultrapassada, e sem destreza – a minha vida só cabe a Deus arbitrá-la.
Agora que envelheci, me tornei curiosamente sábia ao perder a pressa...
Agora eu finalmente compreendi olhando para a história nada edificante do mundo e para a própria história da minha vida, o quanto sou responsável pelas minhas escolhas – e o quanto sou salutar para a paz e para o equilíbrio da humanidade.
É incrível, não é...?
Eu precisei passar pela dor do orgulho de envelhecer
Para poder aceitar o meu real papel a desempenhar no mundo...,
Para descobrir o verdadeiro significado de toda a saga da minha austera existência...!
E eis que quando a minha obrigação já me parecia de todo cessada – felizmente vejo que é agora que ela está realmente começando.
Agora veja a homenagem que os netos do coração, de Patos de Minas, prepararam para D.Divina.
*Vera Fornaciari é formada em Publicidade e Propaganda, escritora, nascida no Paraná reside em Uberlândia e é proprietária da Sorveteria Fruta do Conde.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Crônica de José Antônio de Oliveira Resende
Recebi esta crônica da querida Eunice Abib e enquanto ia lendo, ia reconhecendo parágrafo por parágrafo o que eu vivi na infância. Até já andei contando alguma coisa nas Minhas Histórias. Nesta semana mesmo, no post sobre o aniversário do José Ricardo, meu irmão, contei das visitas que fazíamos e das boas lembranças que elas me trazem. Desde setembro de 2009 estou com a casa "desmontada" numa reforma interminável e sem a menor condição de receber uma visita. Sentar onde? Agora, dei de "sonhar" com o dia em que vou poder abrir a porta e mandar entrar. Chamar a família, os amigos, as comadres e os compadres e dizer: "– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa." (Delma)
José Antônio Oliveira de Resende
Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
E-Mail: jresende@ufsj.edu.br
"Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!" http://www.folhadasvertentes.com.br/default.asp?pagina=colunistas&cd_jornais=138&cd_autores=4
quinta-feira, 4 de março de 2010
Carlos Heitor Cony - Jesus era gay? E daí?
Elton John em entrevista publicada no dia 19/02/2010.
CARLOS HEITOR CONY -Folha de São Paulo - Ilustrada - 26/02/2009
Jesus era gay? E daí?
DE TEMPOS em tempos, quando ninguém tem mais nada a dizer e os jornais a publicar, desencavam a figura mais problemática da história da humanidade: nada menos que Jesus Cristo. Antes de mais nada, um ser teologicamente composto de duas naturezas, a divina (para os seus crentes) e a humana, para o resto. Não vem ao caso discutir a natureza divina do personagem, pouco entendemos dos deuses, até mesmo a teologia, que deveria entender do assunto, limita-se, no fundo, a esclarecer que o homem jamais entenderá a natureza de Deus, nem entender o próprio Deus em si.
Resta o homem e aí começa a confusão. Há mesmo aqueles que chegam a negar ou a duvidar de que um dia existiu um Jesus de Nazaré, tal como a história mais ou menos moldou, personagem que teria vivido na Judeia, então província do Império Romano, cujo procurador, na época final de sua vida, foi Pôncio Pilatos, sendo Herodes o rei local que, aliás, não mandava nada.
Esse personagem, mesmo limitado à sua natureza humana, dividiria as duas eras em antes e depois dele. Se realmente não existiu, nossa contagem de tempo reside num equívoco que não seria o único da história. Mas, se existiu, é extraordinária a sua importância, mesmo em seu aspecto humano, desprezando-se, para argumentar, a sua essência divina -que fica reservada aos crentes.
É, de longe, o personagem mais estudado e citado na crônica dos homens, a começar que, de estalo, teve diversos biógrafos, sendo quatro deles (Mateus, Lucas, Marcos e João) aceitos mais ou menos como os mais verazes, e, a partir dos quais, criou-se, com a ajuda de Paulo de Tarso, a pedra angular do cristianismo, religião dominante no Ocidente até hoje. Religião que deu um subproduto tão importante como o próprio cristianismo: o catolicismo.
Pelo vigor histórico das duas crenças, o cristianismo e o catolicismo, este último foi estruturado na instituição mais antiga do Ocidente, a Igreja Católica Apostólica Romana, cuja presença na história se confunde, em muitos lances, com a própria história.
De tempos em tempos -como ia dizendo- surgem palpiteiros de diversos quilates ou sem nenhum quilate, que, 21 séculos depois, descobrem a vida íntima desse personagem. Um deles, dando continuidade a lendas surgidas aqui e ali na imensidão do Império Romano, que, afinal, foi destruído por fora pelos bárbaros, por dentro pelo próprio cristianismo. Jesus seria casado ou amasiado com Maria Madalena, gerou filhos cuja estirpe seria confundida com o cálice cheio de sangue "divino", em cuja busca foram criadas lendas paralelas.
Sem nenhuma autoridade, semana passada um cantor pop descobriu que Jesus, entre outras coisas maravilhosas, era gay. Fica difícil conhecer o roteiro de pesquisas que levaram o cantor a tal descoberta.
Limitado em sua natureza humana, Jesus seria um judeu religioso, tendo como norma de sua vida terrena a lei fundamental dos judeus, que passou para os cristãos: os dez mandamentos, entre os quais o sexto, que prega a castidade. A homossexualidade é condenada no Antigo Testamento, e o novo, a partir do próprio Jesus, estendeu a mesma condenação.
O conceito e a prática do homossexualismo é hoje um tema moderno, e os seus praticantes mais radicais procuram retroagir na história, levando para a sua grei um personagem que, mesmo despojado de sua natureza divina, foi, como homem, um seguidor do código mosaico.
Um cantor pop tem o direito de ser analfabeto, comprometendo-se apenas a justificar a sua preferência sexual com exemplos tirados da história. Tarefa inútil, pois muitos dos grandes vultos da crônica humana foram homossexuais assumidos ou não. E daí?
Tendo como base frases isoladas dos evangelhos que falam sobre o amor dos homens, sem qualquer autoridade no campo da erudição, alguns homossexuais como que ainda têm vergonha de serem o que são e apelam para exemplos que ninguém pediu nem se guiou por eles.
Como natureza divina, como creem os cristãos, Jesus não pode ser julgado por conceitos humanos. Como homem, tem interpretadores bem mais capazes e isentos para falar dele.
terça-feira, 2 de março de 2010
Aniversário do José Ricardo
No dia 26 de fevereiro, José Ricardo, meu irmão completou 68 anos e seu neto, o Pedro Henrique, 9 anos.
Sendo alguns anos mais nova que ele, as lembranças da nossa infância remetem à comida ou a acidentes domésticos. Sempre que íamos visitar alguém da vizinhança, minha mãe recomendava que não pedissemos nada para comer e que nos comportássemos. Numa visita a D.Luisa, que nos recebia na sua imensa cozinha, ficávamos sentadinhos num banco comprido encostado à parede, esperando a hora do requeijão, sua especialidade. De costas prá nós e de frente para o fogão de lenha que ficava no centro da cozinha, D.Luisa ia mexendo a massa na panela de ferro e de vez em quando, levantava a colher espichando a massa do requeijão para o alto, provocando intensa salivação na "platéia". Aí, pegava os pratos, colocava as porções de requeijão quente derretido com açucar e distribuia a cada um que já não se aguentava mais de tanto esperar e salivar. Numa destas visitas, estávamos lá esperando o requeijão e um cacho de bananas estavala de maduro sobre o "rabo" do fogão. José Ricardo olhava para o cacho de bananas e olhava para minha mãe, que franzia a testa sinalizando que não era prá pedir a banana. Ele não se deu por vencido e sapecou: Mãe, se a D. Luisa me oferecer daquelas bananas eu posso aceitar? Ganhou das bananas e não foi castigado, porque, afinal de contas, ele não pediu. Quando mamãe fazia pamonhas, José Ricardo desandava a comê-las e era recriminado pela comilança. Mamãe, então reclama: Zé, chega de comer pamonha. Ele responde: Ora, mãe, eu comi só cinco.
Acho que essa pérola é dele. A professora pergunta: Por que nosso país tem o nome Brasil? E a resposta. Porque Pedro Alvares Cabral carregou o pau-brasil nas costas.
Lembro-me ainda das quebradeiras das quais ele era vítima. Pernas, braços, dentes. Fraturou o braço brincando sobre sacos de arroz empilhados que desabaram sobre ele. O outro braço, as pernas não me lembro como, mas foi o único irmão que teve fraturas. Quebrou o dente jogando volei na escola. Junto com nossos primos, que iam de Uberlândia passar férias lá em Goiás, subimos numa árvore do quintal portando, cada um, uma canequinha e fomos desafiados, acho que por ele, a urinarmos na caneca e beber da urina. Era coisa só para os corajosos. Todos nós fizemos. Eu dedurei todo mundo e todos nós apanhamos. Isabel, nossa irmã do coração, estava de casamento marcado e José Ricardo quis certificar se ela gostava de verdade do noivo. Pegou-a pelo pescoço e ordenou: Fale o nome de quem você gosta....ordenava, ordenava, mas não percebia que ela estava impedida de falar porque estava sufocada, até que Isabel desmaiou. Imaginem a correria. Uma vez, na casa da tia Emília, ele foi bater uma vitamina no liquidificador, o vidro mal colocado se soltou da base e na tentativa de segurá-lo, cortou os dedos nas lâminas que não pararam de girar. No ano passado, subiu numa cadeira, passou para o balcão para trocar uma lâmpada: ao descer do balcão para a cadeira, caiu e fraturou a perna, acabou sendo submetido a uma cirurgia. Ficou bem. Adolescente muito bonito de olhos azuis intensos, nos finais de semana, envergava um terno branco e saía para a "balada" que, naquela época eram as inocentes brincadeiras dançantes. Começou a trabalhar muito cedo e, pela vida afora, foi um trabalhador incansável em vários ramos de atividades. É um representante típico do heróico trabalhador brasileiro. Casou-se com a Maria Amélia, companheira que trabalhou intensamente com ele e formaram uma bela família de 3 filhos e 4 netos.
Praticamente nunca viajou de férias, nunca frequentou lugares badalados, morou com simplicidade, mas sempre fez festas memoráveis. Comida e bebida farta, com os convidados levando um pratinho para quem não pode ir e a presença de uma quantidade enorme de amigos e parentes. Continuando a tradição dos meus pais, a devoção a Santo Antônio, o dia do Santo Padroeiro é comemorado com farta mesa de quitutes juninos. Aliás, comida é especialidade deles. Por muitos anos tiveram fábrica de salgados, quitandas e bolos confeitados.
Philip Scott Johnson - Women in Film
por Philip Scott Johnson - 43 anos
St. Louis, Missouri
United States
Atrizes:
Mary Pickford, Lillian Gish, Gloria Swanson, Marlene Dietrich, Norma Shearer, Ruth Chatterton, Jean Harlow, Katharine Hepburn, Carole Lombard, Bette Davis, Greta Garbo, Barbara Stanwyck, Vivien Leigh, Greer Garson, Hedy Lamarr, Rita Hayworth, Gene Tierney , Olivia de Havilland, Ingrid Bergman, Joan Crawford, Ginger Rogers, Loretta Young, Deborah Kerr, Judy Garland, Anne Baxter, Lauren Bacall, Susan Hayward, Ava Gardner, Marilyn Monroe, Grace Kelly, Lana Turner, Elizabeth Taylor, Kim Novak, Audrey Hepburn, Dorothy Dandridge, Shirley MacLaine, Natalie Wood, Rita Moreno, Janet Leigh, Brigitte Bardot, Sophia Loren, Ann Margret, Julie Andrews, Raquel Welch, Tuesday Weld, Jane Fonda, Julie Christie, Faye Dunaway, Catherine Deneuve, Jacqueline Bisset , Candice Bergen, Isabella Rossellini, Diane Keaton, Goldie Hawn, Meryl Streep, Susan Sarandon, Jessica Lange, Michelle Pfeiffer, Sigourney Weaver, Kathleen Turner, Holly Hunter, Jodie Foster, Angela Bassett, Demi Moore, Sharon Stone, Meg Ryan, Julia Roberts, Salma Hayek, Sandra Bullock, Julianne Moore, Diane Lane, Nicole Kidman, Catherine Zeta-Jones, Angelina Jolie, Charlize Theron, Reese Witherspoon, Halle Berry
Music: Bach's Prelude from Suite for Solo Cello No 1 in G Major, BWV 1007
O Melhor dos Mundos -Danuza Leão
O melhor dos mundos
TUDO MUDA: as modas vão e voltam, e basta ter paciência e esperar para que várias coisas do passado voltem ou que novidades surjam -e uma novidade é sempre um acontecimento.
Vai ser manchete a notícia de que um grande sábio descobriu que exercícios físicos fazem mal à saúde; a ginástica passará a ser proibida e passível de castigo; talvez até, às duras penas da lei. E alguém vai decretar que o trabalho não enobrece, e que para uma vida feliz é fundamental o ócio total. De que as pessoas vão viver? Ah, estamos apenas divagando, não falando sério -aliás, nesse mundo vai ser proibido falar a sério.
Será capa das revistas que cuidam da saúde que o sol faz bem e que passar o dia inteiro na praia passando óleo no corpo é a melhor receita para uma pele bonita, sedosa e sem manchas. Além disso, todos serão obrigados a tomar uma caipirinha a cada hora e meia, para que a humanidade paire, permanentemente, 50 centímetros acima do nível do mar; o suco de açaí com cenoura e beterraba será terminantemente proibido, os padrões de beleza vão mudar, e quando você aparecer com oito quilos a mais, o comentário geral será: "Mas como está linda, com o rosto mais cheinho" (em Milão já é assim).
A praxe será acordar e ficar na cama até a hora que quiser -lendo os jornais, vendo desenho animado na televisão (sem som) e comendo chocolate. Mas não pense que tudo vai ser permitido, pois algumas coisas serão rigorosamente proibidas. Exemplo? Legumes em geral, brócolis e couve-flor em particular. As fibras serão consideradas veneno; em compensação, as gorduras estarão não só liberadas como serão aconselháveis, para melhorar o colesterol e evitar o infarto.
Será obrigatório namorar muito; os namorados vão passar o dia inteiro rindo e brincando, e esses namoros serão muito felizes, enquanto durarem. Existe também um pré-namoro que pode e deve acontecer sempre; é um tipo de sedução inocente que pode ser feita com homens, mulheres e crianças, sem compromisso algum, mas que pode ser exercida na hora de comprar o jornal, o pão, ou de perguntar que horas são.
Nesse admirável mundo novo não haverá ciúmes, nem ambição, nem competitividade, pois ninguém vai acreditar num absurdo desses: que só porque alguém tem uns papéis datilografados dentro de uns envelopes é dono de carros, casas, ilhas e empresas.
A moeda de todos os países será igual, para não se ter que fazer muita conta, e como a educação, a saúde e a velhice serão de responsabilidade do Estado, vamos poder viver sem essas preocupações, que são nossas maiores.
Os amigos não nos darão, jamais, o menor trabalho; nunca nos obrigarão a ir a seus aniversários, e nunca nos sentiremos culpados se não formos. O Natal será um momento de paz e sorrisos entre os homens, exatamente como dizem que é, só que será mesmo, e bastará uma grande travessa de rabanadas e um copo de vinho para inundar de alegria nossos corações.
Pequenas coisinhas: os cachorros serão proibidos de latir, os ônibus de turistas de circular, a temperatura nunca passará dos 22 graus, nunca mais vai ser preciso entrar em nenhuma fila, e quando você andar na rua vai sentir que todo mundo sorri, deixando claro que é um grande prazer e uma grande alegria sua aparição, pois todos gostam muito, muito de você.
Não vai ser bom?
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2802201003.htm
Sinto Vergonha de Mim não é de Ruy Barbosa
Veja o vídeo - Rolando Boldrin, faz a correção e declama novamente Cleide Canton.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Quando você pensava que eu não estava olhando
Mary Rita Schilke Korzan escreveu um poema para sua mãe há 24 anos, agradecendo por tudo que ela tinha feito como mãe, amiga e modelo. No seu casamento, o poema foi lido como tributo à sua mãe. Então, muitos convidados do casamento pediram uma cópia. Amigos passaram para outros amigos. Um ministro não conseguia lembrar quem dera para ele, mas incluiu-o como "escritor anônimo" em seu livro sobre amar os outros. Outro autor pegou de lá para a sua compilação de trabalhos, até que Mary finalmente encontrou seu poema, listado como de "Autor Desconhecido". Mary Rita Schilke Korzan é mãe de três filhos e vive em Granger, Indiana, com seu marido.
Quando você pensava que eu não estava olhando
Mary Rita Schilke Korzan
"Quando você pensava que eu não estava olhando, você pendurou meu primeiro desenho na geladeira, e eu quis pintar outro.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você deu comida a um gato perdido, e eu pensei que era bom cuidar de animais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você fez um bolo de aniversário só para mim, e eu entendi que coisas pequenas eram especiais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você orou, e eu acreditei que havia um Deus com quem eu sempre podia falar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você me deu um beijo de boa noite, e eu me senti amado.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi lágrimas descendo dos seus olhos, e eu aprendi que às vezes coisas doem – mas que não faz mal chorar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você sorriu, e me fez querer ficar bonita(o) daquele jeito também.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você se importou, e eu quis ser tudo que podia.
Quando você pensava que eu não estava olhando – eu olhava … e queria lhe agradecer por todas aquelas coisas que você fez quando você pensava que eu não estava olhando."
Fonte: http://search.barnesandnoble.com/When-You-Thought-I-Wasnt-Looking/Mary-Korzan/e/9780740741920
Recebi este poema da Cristina Pintaudi e além de achá-lo maravilhoso, ele serve como reflexão tanto para os pais como para os filhos. Para os pais porque é inegável a importância do exemplo. Ele educa muito mais que as palavras. Todos os pais devem pensar nisso. Para os filhos porque, quando crescem, muitas vezes se esquecem que muito do que se tornaram foi porque "olharam" e aprenderam.
Sua Idade Pela Matemática da Cerveja
Desconheço a autoria.
"Vou dizer sua idade pela MATEMÁTICA DA CERVEJA!
1. Primeiro: escolha o número de vezes que você gostaria de tomar cerveja na semana (mais do que 1 menos que 10)
2. Multiplique o número por 2
3.. Adicione 5
4. Multiplique por 50
5. Se você já tiver feito aniversário este ano some 1760. Se não tiver feito, some 1759.
6. Agora subtraia os quatro dígitos do ano em que você nasceu.
Você agora deve ter um número de três digitos. O primeiro digito foi o número que você escolheu!
E os próximos dois números são SUA IDADE!
Depois me paga uma gelada pelo meu talento e fica tudo certo."
Colégio Federal - Curso de Conhecimentos e Atualidades
Curso de Conhecimentos e Atualidades
Às terças feiras - Horário das 14h às 17h30min
"Curso criado especificamente para o público feminino, com a finalidade de promover o estudo das várias situações do cotidiano, nos aspectos sociais, filosóficos e políticos do país e do mundo.
Uma equipe multidisciplinar constituída por vários especialistas ,e também por professores de filosofia, sociologia, história e geopolítica, fornecem às nossas alunas as ferramentas básicas para conhecer com maior profundidade o ambiente e a sociedade em que vivem.
Nossa missão:
Oferecer a atualização das situações do cotidiano, e poder discutir com clareza e riqueza de detalhes os conteúdos nas várias áreas do conhecimento."
Para maiores informações: (34) 3210-9613 http://www.colegiofederal.com.br/