Chovia a cântaros e eu voltava para casa depois de buscar meus filhos na escola, passamos na padaria para comprar Leite e pão. Meu filho desceu, comprou pão e leite, entregou-me pela janela do carro o pão e quando fui pegar o leite, aquele de saquinho, escorregou e caiu na enxurrada. Aí começa uma torcida - Vamos pegar o leite! Nem o usaríamos, mas era uma questão de honra. Como ele pode escapar? E começa a corrida do Leite. Liguei o carro e pensei, quando alcançá-lo, eu esterço uma roda e faço uma barreira e pego. Não adiantou, como se fizesse um tiauzinho, o leite se desviou da roda E continuou nadando "na enxurrada. Isso foi a gota d'agua. Agora, já era abuso. Onde já se viu um saquinho insignificante fazer a gente pagar esse mico gigante? E fomos nós, agora já tinha torcida organizada (entre os 3), só faltavam faixas e cartazes. Mais uma tentativa. Nos adiantamos bem, descemos os 4 do carro e ficamos esperando. Pois não é que o saquinho de leite era campeão de natação, não deu a mínima chance. E continuou sua descida pela Rua Machado de Assis. Depois de cruzar a R. Eduardo de Oliveira, R. Johen Carneiro, chegando na R. Carajás, ele (o leite) esbarra com um inimigo inesperado - um bueiro. A enxurrada desceu pelo bueiro como se fosse uma cachoeira e o Saquinho de Leite, ficou lá, estendido, inerte, sem água para continuar nadando. Foi uma gritaria só. Nos sentimos vencedores, vingados, super-heróis. Daí fomos para casa de alma lavada e de roupa molhada.
Devo confessar que se não fosse o bueiro, não teríamos vencido esta corrida de 5 contra 2 (nós 4 e o carro contra 1 saquinho de leite e a enxurrada).
2 comentários:
Essa é ótima e com muito bom humor!
Beijão, Alcy
Alcy
Acho que todos os dias pagamos "micos" até sem saber. Quem sabe este Blog vai ser meu maior mico?
Bjs
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