O Casamento
No final de 1975, fomos convidados para padrinhos de casamento da filha de um cliente do Comind (Eurípedes era gerente na agência de Uberlândia.) Este cliente morava em Araguari e o casamento seria lá. Eu estava no 5º mês de gestação dos meus filhos gêmeos.
A década de 70 foi marcada pelo mau gosto, excesso de panos e cores e a vitória do brega. Cílios postiços e muito rímel, que embalaram os anos 60, persistiram na década seguinte. Para os homens, a costeleta a Elvis Presley.
Chegado o dia do casamento, fomos, dentro do padrão (brega total), para Araguari. Meu vestido era amarelo ouro, com um crochê de linha dourada que fazia as alças. Eu usava na cabeça, uma touquinha do mesmo crochê do vestido, semelhante aquela usada por Julieta no filme (Romeu e Julieta) de 1968. Quem não queria ser linda como ela? Euripedes trajava um paletó xadrez vinho e bege. A calça era vinho, boca de sino. Euripedes não conhecia os noivos. Só o pai dela. Eu vi a noiva muito rapidamente, quando ela veio trazer o convite. Era noite, ela só entregou e foi embora. Chegando no estacionamento da Igreja, Euripedes viu o pai da noiva parado na entrada da Igreja. Já era a hora marcada da cerimônia. Quando nos aproximamos da porta , não vimos mais o pai da noiva e uma pessoa chamava os padrinhos para se colocarem para a entrada.. Entramos na fila dos padrinhos, começou a música e fomos seguindo em frente. Igreja lotada. Flashs, muitas fotos, filmagem, etc. Ainda era aquela época em que os padrinhos subiam e se colocavam nas laterais do altar. Nos colocamos entre os outros padrinhos. Pausa. Música. Aparece a noiva com o pai.
Pânico! O pai não era o amigo do Euripedes. Ele me pergunta. É aquela noiva? Não sei. Toda noiva fica diferente. Eu vi a moça só uma vez. Ele se vira para o casal do lado e pergunta: Qual o nome dos noivos? Não eram nossos afilhados. O que fazer? Desfilamos pelo centro da Igreja, fomos filmados, fotografados e vistos por todos os convidados daquele e do casamento posterior que estava muito atrasado. Daí a confusão. Tinhamos que sair daquela encrenca sem chamar muita atençao. Euripedes começa a transpirar e eu tive uma crise de riso. Fomos nos afastando de costas até uma coluna. Dali conseguimos sair pela lateral até à porta, por onde saímos. Lá fora, pai da noiva, família, convidados aguardavam para o casamento que aconteceria em seguida. Quando contamos o que ocorrera foi a piada do dia. Todos se divertiram a valer com o nosso gigantesco mico. Na festa, um convidado de Uberlândia que já estava dentro da Igreja no casamento anterior, comenta conosco: Puxa, que prestígio! Vocês, padrinhos de dois casamentos fora de Uberlândia...
Portanto, em Araguari, deve ter um Album de Fotos de Casamento em que aparece um casal totalmente desconhecido do noivo e da noiva e que desapareceu misteriosamente durante a cerimônia. Talvez pensem que eramos alienígenas.
essa história é ótima e deveria estar no Fantástico!!!!
ResponderExcluirBy the way, Você está linda, grávida de ''solidéozinho''.
Alcy
Alcy
ResponderExcluirQuando tinha aquele quadro da Denise Fraga,pensei em mandar, mas não o fiz. Mas foi um mico gigantesco.
Bjs
Foi ótimo o mico em Araguari, mas o que gostei mesmo foi do elegante paletó do Eurípedes
ResponderExcluirAbraços
Rubens
Adoro esta história!!!
ResponderExcluirQue mico mesmo... deveria ter ido p/ o quadro da Denise, seria hilário ver a Delma narrando o texto...
Bjim,
Cyntia
Delma, adorei o mico! Gostei muito da saída misteriosa também. Que sufoco, heim!!!
ResponderExcluirE o visual? Amei! Afinal, esta é uma época que me marcou muito, ano do meu casamento!!!
Bjos,
Olinda.
Eu tenho vários micos prá contar. Aguardem
ResponderExcluirBjs