sábado, 5 de junho de 2010

Dia do Meio Ambiente - 5 de junho


Estocolmo - Suécia

Em Estocolmo, escolhida pela União Europeia como sua "capital verde" em 2010, um ciclista recosta sua bicicleta às margens do lago Mälaren, monta sua vara de pescar, e volta para casa com um peixe numa sacola de feira. Pouca gente imagina, porém, que por trás de um episódio como esse, na verdade, há um bocado de dinheiro investido para tal.

Uma frota de apenas 75 caminhões recolhe todo o resíduo do município de Estocolmo, onde vivem 800 mil habitantes.

Mais de 25% do lixo é reciclado, 73,5% dele é queimado para produção de energia usada em aquecimento doméstico e o 1,5% é tratado biologicamente. (Em São Paulo, apenas 1% do lixo produzido na cidade é reciclado.)

O que vai parar nos aterros é só a cinza que resta da incineração.

Lixeiros da capital sueca ganham de R$ 5.000 a R$ 8.000, por mês.

Os moradores, ajudam a fiscalizar quem não recicla seus resíduos corretamente. Os infratores recebem multa. Uma boa estratégia para que as pessoas entendessem os critérios de separação do lixo foi ensinar isso às crianças, porque elas acabam ensinando os pais.

À medida que foi crescendo no século 20, a cidade se preocupou em preservar parques e bulevares. Hoje, 95% dos habitantes moram a menos de 300 metros da área verde mais próxima.

Só recentemente, porém, que a região central da cidade conseguiu eliminar todos os problemas graves de poluição sonora e excesso de trânsito. A exemplo do caso do lixo, os grandes incentivos foram multas e taxas.


Quem tenta entrar guiando seu próprio carro hoje no centro da cidade precisa pagar uma taxa de até 20 coroas suecas (R$ 4,50).
O alívio no trânsito foi tanto, porém, que hoje mais de 70% da população já apoia a medida, reconhecendo que o pagamento é uma forma de pressão válida. (fragmentos do texto de Rafael Garcia - Ambiente fla.14 - Folha São Paulo - 5 de junho 2010)


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